Santo André registrou no ano passado 194 casos de tuberculose. O que mais preocupa a Secretaria de Saúde, no entanto, é o número de óbitos que acomete cerca de 10% dos doentes. O índice é maior do que o registrado pelo Estado, onde 7,5% das ocorrências terminam em óbito – 1.200 mortes para cada 16 mil notificações anuais.
Nas sete cidades da região foram registrados 808 casos no ano passado. Os índices fizeram com que Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá ficassem entre os 13 municípios definidos pelo Estado como “prioritários” no combate à doença.
“No Grande ABC, nossa maior dificuldade é com o diagnóstico. A tosse é um sintoma que é banalizado devido à poluição”, comenta Ana Chong, coordenadora do programa de controle da tuberculose municipal.
Ontem, Santo André sediou um programa de treinamento promovido pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado com o intuito de acelerar o processo de controle da doença, que atinge 5.000 pessoas por ano no Brasil.
CURA
A tuberculose é causada por uma bactéria e tem cura. O diagnóstico é feito pelo exame de escarro, disponível no SUS (Sistema Único de Saúde).
Com dor no peito, tosse e febre, o aposentado Edson Lázaro dos Santos, 40 anos, foi procurar orientação médica. A tuberculose diagnosticada em 97 foi a primeira de cinco que contraiu até 2005. “Hoje estou curado. Não imaginava que estivesse com tuberculose porque minha tosse era seca.”Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.