As obras do lote 1 do Trecho Sul do Rodoanel não sofrerão atrasos por causa da paralisação de trabalhadores da empreiteira Pavigale, que na terça-feira foram até a sede do Consórcio Andrade Gutierrez Galvão reinvidicar pagamento de salários atrasados. Isso porque a empresa deixou de operar na construção e foi substituída por outras empreiteiras, o que não representou atrasos no cronograma do anel viário, segundo o consórcio.

 A Dersa (Empresa de Desenvolvimento Rodoviário do Estado de São Paulo) diz que a Pavigale era responsável pela construção de valas para a drenagem e cercas da obra, serviço considerado periférico.

 O Consórcio Andrade Gutierrez Galvão explica que no trecho de responsabilidade das empresas trabalham cerca de 1.200 profissionais, que não se envolveram com a questão da Pavigale. “Os manifestantes eram 50, todos ex-funcionários da empreiteira, que já havia deixado de prestar serviços à obra há mais de 15 dias. Assim, realmente, não houve impacto na rotina da obra do Rodoanel”, destaca em nota oficial.

 O Diário esteve ontem no canteiro de obras. Mesmo com a chuva do fim do dia, o trabalho não foi interrompido. A obra está prevista para 2010, embora o governador José Serra tenha manifestado desejo de inaugurá-la em 2009.

 Quanto aos trabalhadores da Pavigale, o Consórcio firmou um termo de compromisso c e deve fazer os acertos salariais na próxima quarta-feira. A empreiteira deve dois meses de vencimentos, verbas rescisórias e contribuições ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

 A quitação da dívida trabalhista deveria ter sido feita anteontem, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e do Mobiliário de Santo André. Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Isso só não ocorreu porque a empresa não apresentou os documentos necessários para o desligamento dos operários.