A demora por atendimento no Hospital Infantil e Maternidade Márcia Braido, em São Caetano, causou tumulto e bate-boca ontem, por volta das 18h. Um grupo de pais ficou revoltado com a espera de até duas horas e meia. A Polícia Militar e a GCM (Guarda Civil Municipal) foram chamadas para conter o tumulto.

 A sala de espera cheia e dois atendimentos preferenciais alteraram os ânimos de alguns pais. A dona de casa Marta Oliveira da Silva, 30 anos, chegou com o filho de três meses por volta das 16h30. “Ele começou a chorar muito, estava com dor de barriga, e eu pedi para que passassem ele na frente. Um médico disse que ninguém ia atender meu filho”, conta.

 Revoltada, a família de Marta chamou a polícia. “Após a gente conversar com a PM, meu filho foi atendido por volta das 19h”, diz.

 A dona de casa Edivânia Sobrinho Edwiges, 31 anos, estava com o filho de 9 anos resfriado e com problemas intestinais. “Uma paciente chegou, abraçou uma enfermeira que era sua conhecida e ela passou na frente de umas 30 pessoas. Achei um descaso”, diz ela, que chegou às 18h30 e foi atendida às 20h30.

 A Prefeitura de São Caetano nega que tenha havido agressão verbal e diz que dois casos urgentes foram passados à frente. Segundo a administração, o aumento da demanda ocorreu porque o Hospital Márcia Braido passou a ser o único da cidade com atendimento pediátrico à noite, já que o Hospital Beneficência Portuguesa não absorve mais parte da demanda por meio de convênios há cerca de três semanas. Ontem, os atendimentos chegaram a 400. Antes, a média ficava entre 80 e 100.

 A Prefeitura diz que avaliará a situação para estudar aumento de médicos. Ontem, sete médicos atendiam.