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Duas filhas de taxista somem após roubo
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
08/01/2008 | 07:14
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O taxista Marcos Cifelli, 41 anos, vive um drama desde a madrugada de anteontem. Suas duas filhas, uma de 8 anos e outra de 21, desapareceram depois que ladrões levaram o Ômega que trabalhava com as duas dentro. O caso é encarado como seqüestro pela polícia e, até ontem, nenhum contato foi feito com o pai.

Suspeita-se que Regiane da Silva Cifelli, 21 anos, e sua irmã, Maísa da Silva Cifelli, 8, estejam em Diadema. O Ômega 1998 foi achado na Rua Silvio Donini, no Centro, às 20h de anteontem.

Cifelli mora há 40 dias no bairro Cidade Ademar, na zona Sul da Capital, divisa com Diadema. Antes residia em Itapevi, na Região Metropolitana de São Paulo.

“Costumo trabalhar à noite e, às 2h20 de domingo, saí para tomar alguma coisa com as meninas. Antes, parei em um botequim só para comprar cigarro e tomar um ‘bombeirinho’ (pinga com groselha). Deixei minhas filhas no carro, com a chave e a carteira. Não demorei nem cinco minutos”, afirmou o taxista.

Ele ficou desesperado quando não viu o carro com as duas filhas no local onde estacionara.

“Não sei se colocaram algum remédio na minha bebida ou se minha pressão diminuiu muito. Só sei que passei mal e desmaiei. Só fui acordar no começo da noite, por volta das 19h30”, garantiu o taxista.

Cifelli não sabe precisar direito onde fica o botequim e o local em que ficou desmaiado. Alegou ainda que não conhece bem o bairro.

“Ninguém me acudiu. Roubaram meu relógio, minhas pulseiras e meus anéis. Fiquei todo queimado com o sol. Voltei para casa e avisei a PM”, contou.

ABANDONO

Às 20h, policiais da 1ª Companhia do 24º Batalhão encontraram o Ômega abandonado. Haviam levado o CD Player, um DVD portátil, a carteira do taxista e um porta-CDs com 15 CDs. Cifelli é separado e morava sozinho com as filhas.

“Suspeito que minha filha de 21 anos tenha algum problema mental, mas nunca fizemos exames nem tratamento. Às vezes ela deixava a comida queimar e falava que estava boa. Talvez ela esteja vagando por aí com a irmã. Ambas estão sem documentos. Mas outras coisas podem ter acontecido”, contou o taxista, que trabalha há 23 anos na praça, principalmente na região central da Capital.

“Estou há quase dois meses morando com a filha de 8 anos. Ela foi abandonada pela mãe, que a deixou na casa de cunhados e sumiu. Quero alguma notícia, mas até agora ninguém me ligou. Estou desnorteado”, contou Cifelli, que tem mais três filhos de outro casamento.

O caso foi registrado no 3º DP do município e está a cargo da Delegacia Anti-Seqüestro.



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