A temporada será especial para Rubens Barrichello. Neste ano, o piloto de 35 anos, caso participe de pelo menos oito das 18 etapas do Mundial, baterá o recorde de corridas na Formula 1 que pertence ao italiano Riccardo Patrese, com 256 grandes prêmios. O número de provas do brasileiro não está confirmado – varia entre 249 e 253.

“Preciso saber porque pretendo fazer algo especial no capacete. Acho que é uma boa idéia pintar algo diferente. Só preciso saber quando será isso”, explicou Barrichello. “Nunca imaginei que seria o piloto com mais tempo na história da Fórmula 1. É algo que tenho orgulho”, disse.

Outra idéia de Rubinho é não se aposentar tão cedo. “Ainda não alcancei o ápice da minha forma física. Vai ter uma hora em que a minha parte atlética vai cair. Ainda não cheguei nesse ponto. Quando não me sentir mais competitivo, vai ser a hora de parar.”

Entretanto, estas não são as únicas metas do piloto. “Ainda tenho um sonho, e acho que posso realizá-lo”, disse, referindo-se à conquista do Mundial. “Acho que esse ano pode ser muito positivo. Estou me sentindo muito bem.”

Sua mudança da equipe italiana para a Honda em 2006, segundo disse Barrichello, teve um culpado: Michael Schumacher. “O único motivo da minha saída da Ferrari para a Honda foi porque o meu espaço lá não era suficiente. Sempre pedi mais espaço, e eu não sou uma pessoa que se satisfaz com o segundo lugar. Parecia que estava tudo bom no pódio quando eles me mandavam deixar o Michael passar, mas por detrás era sempre uma grande luta”, explicou.

Se depender do novo modelo da Honda, sua escuderia, apresentado ontem na Inglaterra, o brasileiro pode estar ainda mais animado em busca do Mundial. “Toda a filosofia de design do carro mudou completamente”, afirmou o diretor da equipe, Nick Fry, referindo-se ao novo RA108.

“Com o carro deste ano, tentamos garantir uma força aerodinâmica de adesão de um modo muito mais amigável, mais confiável”, emendou Ross Brawn, novo chefe da escuderia.

“O objetivo final precisa ser a disputa do título, e, para nós, isso é possível, sem dúvida”, comentou Jenson Button, companheiro de equipe de Rubinho. (Supervisão Angelo Verotti)