Florais, listras e o xadrez prometem ser as principais estampas da próxima temporada de outono-inverno. As coleções apresentadas ontem na São Paulo Fashion Week também mostraram formas estruturadas, balonês e plissados.

Nos comprimentos, muitos vestidos curtos, ainda que longos também surgiam ora aqui, ora ali. E atenção mulheres: fiquem atentas à volta das calças justas em cima e boca-de-sino embaixo.

A estilista Tereza Santos abriu o segundo dia com babados, franjas metalizadas e aplicações que lembravam rosetas de franjas. A chique e sempre elegante Maria Bonita apostou no xadrez em losango, tipo colegial, em cores que misturam cinza com preto, amarelo, bordô ou azul e bege.

A Animale, que estreou nos desfiles de São Paulo, vindo do Fashion Rio, desconstruiu o quimomo em volumes feitos a partir de casacos mais curtos ou mais longos, de náilon com enchimento. A flor dente-de-leão e estampas tropicais, bem coloridas, surgiram na coleção de Jefferson Kullig.

Na Zoomp, desenhada por Alexandre Herchcovitch, os destaques foram os vestidos balonês pretos e, alguns com aplicação em formato de rosa.

A inglesa Vivienne Westwood, que traduziu em roupas o movimento punk em fins dos anos 1970 e começo dos 1980, quer que a moda do século XXI pregue uma revolução anticonsumista.

Em entrevista ontem na Bienal do Ibirapuera, onde lançou dois modelos de sapatos em parceria com a Melissa, a polêmica estilista deu um conselho a quem gosta de comprar: “Não saiam por aí consumindo toda essa baboseira que existe”.

Dentro dessa linha de raciocínio, ela lerá hoje, às 18h30, seu manifesto Active Resistence to Propaganda, no saguão do MAM (Museu de Arte Moderna). A leitura do documento foi uma das condições de ter aceitado vir ao Brasil pela segunda vez – a primeira foi há 16 anos.