No bairro Prosperidade, crianças e adultos contam com ajudantes muito especiais para o trabalho de reabilitação de seqüelas neurológicas.

Localizada na Rua Mercúrio, a Equoterapia Coração Valente há cinco anos adaptou uma área rural com cavalos no meio de São Caetano. O local se transformou em haras, com terrenos gramados para as aulas e cocheira equipada.

Atualmente, cerca de 120 pessoas participam das aulas de equoterapia. Apesar de a maioria ser criança, não há restrição para a atividade.

Do número total de vagas disponíveis, a associação destina 20% às entidades beneficentes que encaminham alunos carentes. O restante paga pelo serviço conforme as condições financeiras - uma assistente social faz a triagem.

Nicole de Almeida Morales, 3 anos, sofre de epilepsia. No terceiro mês de trabalho, sua mãe, Roseli, 45, sentiu a evolução da menina. "Ela melhorou bastante a postura, o tato e o equilíbrio", afirma.

"É uma atividade física prazerosa", diz fisioterapeuta

Se antigamente a equoterapia era indicada para vítimas de paralisia cerebral, autismo, síndrome de Down ou outros problemas neurológicos, hoje o conceito mudou.

A fisioterapeuta e coordenadora da Associação, Ana Luisa de Lara Uzun, conta que eles têm sido procurados por pessoas que querem trabalhar questões psicológicas ou simplesmente se divertir. "A equoterapia virou uma atividade física prazerosa."