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Greve dos Correios não isenta contas de multas

Consumidor tem de buscar outras formas de pagamento para evitar incidência de juros por atraso de pagamento

Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
03/07/2008 | 07:01
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A greve dos funcionários dos Correios pode atrapalhar o envio de contas e boletos de pagamento de consumo e serviços aos moradores do Grande ABC. O início do mês é quando há a maior circulação dessas correspondências, mas o atraso das remessas não isenta o consumidor de pagar as faturas.

"Há uma responsabilidade compartilhada. As empresas precisam disponibilizar meios fáceis para o pagamento das contas e as pessoas também devem procurar saber como podem pagar", explica a técnica do Procon-SP Fátima Lemos.

A orientação é para que as empresas não apenas abram outros canais para que as faturas possam ser quitadas, mas também que divulguem essas medidas para os seus clientes. "As pessoas também não podem gastar com transporte ou outro tipo de ônus para conseguir pagar a conta", esclarece a técnica.

Do lado do consumidor, Fátima explica que a greve dos Correios não o isenta do pagamento de suas contas ou da incidência da cobrança de juros e de taxas referentes ao atraso. Ela frisa que o cliente sabe quais as datas de vencimento de suas faturas.

Entre as alternativas citadas pela técnica estão depósitos em conta corrente, envio de conta por meio de fax ou até a emissão da segunda via disponível pela internet. No entanto, para cada caso é recomendável que o consumidor se informe sobre o meio mais acessível disponibilizado pela empresa.

CORREIOS - A técnica do Procon-SP também comenta que em caso de não-cumprimento dos serviços contratados pelo consumidor nos Correios, o dinheiro deve ser devolvido. "Se houve gastos adicionais ou prejuízo por causa da falta do serviço contratado, o consumidor deve pedir indenização", conta Fátima.

Segundo os Correios, os serviços Sedex Hoje, Sedex 10 e Disque-Coleta ainda estão suspensos.

Paralisação atinge 23 estados no País

A paralisação dos trabalhadores da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) continua em 23 estados no País. Segundo o sindicato da Região Metropolitana de São Paulo, a adesão nessa área é de 75%, principalmente nos setores de entrega e triagem.

Na tarde de ontem, a federação da classe se reuniu com a direção da estatal para discutir as reivindicações da greve - cumprimento do acordo feito em abril, que pedia adicional de risco no valor de 30% do salário, plano de cargos e salários negociado com a entidade e ainda renegociação da PLR (Plano de Cargos e Salários). Até o início da noite, não foi divulgado o resultado das conversas, que serão avaliadas pela classe hoje, em assembléia.

Em nota, os Correios afirmam que a adesão na Grande São Paulo e na Baixa Santista era de 18% ontem.

A empresa ainda informa que "empenhou todos os esforços no sentido de atender as reivindicações dos trabalhadores, sem ferir a legislação vigente", criando um plano de carreira e dois adicionais, e por causa de atitudes radicais e abusivas de lideranças sindicais, deve descontar os dias parados.




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