Jefferson Sabino é a prova que o Brasil possui tradição na formação de triplistas. Em tempos passados, o mundo já teve a oportunidade de conhecer o talento dos brasileiros no salto triplo. Adhemar Ferreira da Silva foi bicampeão olímpico (1952 e 1956); Nelson Prudêncio conquistou duas medalhas: uma de prata (1968) e outra de bronze (1972); e João do Pulo foi duas vezes terceiro colocado (1976 e 1980).

Rumo a sua primeira Olimpíada, Jefferson Sabino tentará manter o bom retrospecto do Brasil no salto triplo. Ele conquistou o índice para participar dos Jogos Olímpicos de Pequim em abril deste ano depois de anotar 17,28m no Festival de Saltos e Velocidade, organizado pela FPA (Federação Paulista de Atletismo). Este resultado é o melhor da sua carreira.

O atleta pode ser considerado o desafiante, mas também sucessor de Jadel Gregório, principal saltador do Brasil na atualidade. Gregório, que foi quinto lugar nos Jogos de Atenas e também representará o Brasil na China, é a principal esperança brasileira na prova apesar de o seu melhor resultado na temporada (17,28m) se igualar ao de Jefferson Sabino.

"A emoção de ir para os primeiros Jogos Olímpicos é grande, porque aquilo a que você se dedicou começa a virar realidade", disse o atleta, que tem no currículo os títulos do Troféu Brasil de 2006 e do Campeonato Sul-Americano de 2005.

Apesar dos bons resultados em alguns torneios em que participou, no principal campeonato que disputou ao lado dos principais nomes do salto triplo Sabino não obteve sucesso. No Campeonato Mundial de 2007, disputado em Osaka, no Japão, ele chegou à final, mas obteve apenas na 14ª posição com 6,94m.

Sabino sonha com um final olímpica. O triplista acredita que se saltar novamente a distância de 17,28m estará entre os melhores colocado da competição e ainda poderá lutará por uma medalha. "Com o meu melhor salto, espero estar entre os melhores. Numa final olímpica tudo pode acontecer", garante.