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De olho no segundo Oscar
Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
18/02/2013 | 07:30
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A parceria entre Quentin Tarantino e Christoph Waltz é especial. Os tipos loucos interpretados com maestria pelo ator austríaco têm caído como uma luva nas agitadas produções do cineasta. Tudo começou em 'Bastardos Inglórios' (2009), quando o diretor apresentou Waltz ao grande público no papel do cruel coronel nazista Hans Landa. O estilo inescrupuloso e o humor ácido do personagem lhe rendeu o merecido Oscar de melhor ator coadjuvante. No resultado do segundo trabalho da dupla, em 'Django Livre, ele surge novamente como forte nome para levar a estatueta para casa na edição deste ano da festa cinematográfica, que ocorre no domingo.

No western de Tarantino, o austríaco dá vida ao Dr. King Schultz, ex-dentista cujas dificuldades financeiras fizeram com que trocasse de profissão ao atuar como caçador de recompensas. Ele tem importância fundamental no decorrer da trama ao ajudar o protagonista Django (Jamie Foxx) a reencontrar a noiva desaparecida. Com jeito frio e calculista, acaba por assumir a postura de tutor do herói vingador.

Apesar de Landa e Schultz estarem em lados opostos - com o primeiro sendo o grande vilão e o segundo ajudante do mocinho -, ambos possuem características semelhantes. Mas ao acompanhar o ator em outras produções, casos de 'Os Três Mosqueteiros' e 'Deus da Carnificina', ambos de 2011, percebe-se que os trejeitos e a movimentação fazem parte da carreira de Waltz como um todo. A diferença é que esses elementos parecem ser aflorados e elevados a um nível superior quando ele está diante das câmeras de Tarantino.

Dr. King Schultz já rendeu a seu intérprete o Globo de Ouro deste ano na categoria de melhor ator coadjuvante. Na ocasião, ele venceu parte dos adversários que irá rever no fim de semana no mais glamouroso evento cinematográfico do mundo. Para sair vitorioso pela segunda vez, terá a missão de deixar para trás nomes como Philip Seymour-Hoffman ('O Mestre'), Alan Arkin ('Argo') e Robert De Niro (da comédia 'O Lado Bom da Vida').

CORRENDO POR FORA
Talvez seu principal concorrente ao Oscar seja o veterano Tommy Lee Jones, um dos astros do elenco do drama 'Lincoln', sobre a atuação do presidente norte-americano Abraham Lincoln durante o fim da Guerra Civil dos Estados Unidos. Após últimos anos sem grandes atuações, Jones aparece em grande estilo fazendo o que sempre fez de melhor: ser um velho durão, esperto e rabujento. No caso, ele atua como Thaddeus Stevens, congressista a favor do fim da escravidão que precisa ajudar o líder do país a ganhar votos positivos para que emenda seja aprovada.

Assim como Waltz, ele busca sua segunda honraria pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. O primeiro prêmio de melhor ator coadjuvante veio em 1994, pelo trabalho no policial 'O Fugitivo'. Jones esteve na mídia ao participar de dois grandes blockbusters recentes: 'Capitão América - O Primeiro Vingador' (2011) e 'MIB - Homens de Preto 3' (2012). Os companheiros de profissão não poupam elogios a seu Thaddeus Stevens. Tanto que o apontaram como melhor ator coadjuvante no SAG Awards, entregue em janeiro pelo Sindicato de Atores de Hollywood.




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