O ator e cineasta Mel Ferrer, que estrelou e dirigiu dezenas de filmes e foi casado com Audrey Hepburn, morreu na Califórnia, aos 90 anos, informou um porta-voz de sua família nesta terça-feira.

"Mel Ferrer morreu na manhã de ontem, em uma fazenda da família em Carpinteria", na região de Santa Barbara (Califórnia), 150 km ao norte de Los Angeles, disse o porta-voz Mike Mena.

Nascido em 1917 em Nova Jersey, filho de pai cubano e mãe americana, Ferrer fez sua estréia na Broadway em 1938, após estudar na Universidade de Princeton.

Editor de um jornal de Vermont, Ferrer escreveu um livro infantil e foi produtor e diretor de rádio e TV antes de se lançar no cinema, onde participou de sucessos como Scaramouche (1952), O Diabo feito Mulher (1952), com Marlene Dietrich, Lili (1953), Guerra e Paz (1956), As Estranhas Coisas de Paris (1956), com Ingrid Bergman, O Mais Longo dos Dias (1962), Quando Paris Alucina (1964) e Lili Marlene (1981).

Após trabalhar como assistente de direção de John Ford em "Domínio dos Bárbaros", Ferrer dirigiu vários filmes, incluindo "A Flor que Não Morreu", em 1959, com Anthony Perkins e Audrey Hepburn, com quem se casou em 1954.

Hepburn foi a quarta das cinco esposas de Ferrer.

Mel Ferrer produziu "Um Clarão nas Trevas", em 1967, com Hepburn, de quem se separou no ano seguinte. Juntos, tiveram um filho, Sean, nascido em 1960.

Como ator, um dos papéis mais marcantes de Ferrer foi em "Guerra e Paz" (1956), de King Vidor, baseado na obra-prima de Tolstoi, no qual viveu o príncipe Andrei Bolkonsky, contracenando com Henry Fonda e Audrey Hepburn.

Essa última, premiada com o Oscar por "A Princesa e o Plebeu" em 1954, morreu em 1993 vítima de um câncer aos 63 anos.

Pai de seis filhos, fez o último trabalho de sua carreira na série de TV "Falcon Crest".