Setecidades Titulo Seqüestro
Polícia liberta menino de cativeiro
Evandro De Marco
Do Diário do Grande ABC
23/05/2008 | 07:23
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Depois de uma semana terminou bem o seqüestro de um menino de 11 anos em São Bernardo. Por volta das 2h de quinta-feira, os mais de 20 policiais do GAS (Grupo Anti-Seqüestro) e do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) e da Dise (Divisão de Investigações Sobre Entorpecentes), que trabalhavam ininterruptamente desde a madrugada anterior, encontraram o cativeiro no Jardim Silvina e libertaram o garoto.

Carlos (nome fictício) foi seqüestrado pouco antes das 18h30 do dia 15. Ele voltava da escola pela Rua Julio Barasal Salgado, no bairro Terra Nova II, quando foi abordado por três homens em um Gol vinho. O primeiro pedido de resgate foi de R$ 1 milhão, feito logo após o sequestro. Desde então, Carlos foi mantido no cativeiro.

Durante o fim de semana, a quadrilha não fez nenhum contato com a família da vítima. Ligou na segunda-feira, dia 19, ameaçando cortar o dedo do menino. No mesmo dia, deixaram um dedo de borracha no bar da irmã de Carmen.

Nesta mesma ligação, a quadrilha ameaçou Carmen e chegou a abaixar o preço do resgate para R$ 500 mil. "Eu nunca conseguiria esse dinheiro. O máximo que juntei foi R$ 12 mil, que parentes, amigos e vizinhos deram pra mim. Eu pensei até em me matar. Porque, assim, eles não teriam de quem cobrar e libertariam meu filho", afirma a mãe.

Antes que as negociações evoluíssem, a polícia localizou Carlos. Acompanhando a investigação desde o início, na madrugada de quinta-feira, os policiais chegaram à pista que faltava: alguém que indicasse o local exato onde a vítima estava. Um dos sequestradores, Vagner Monteiro da Costa, 29 anos, foi detido em casa, na própria favela. Foi ele quem levou a polícia até o cativeiro. Mas, no caminho, os policiais encontraram Carlos deitado em uma escadaria no meio da favela, em meio à escuridão. "Quando perguntamos o nome dele e ouvimos a resposta tivemos a certeza que a gente tinha conseguido nosso grande objetivo", diz um dos investigadores.

"Esse era o dia que tínhamos de terminar com isso", afirma o Delegado Seccional de São Bernardo, Marco Antonio de Paula Santos. A polícia suspeita que pelo menos mais duas pessoas tiveram envolvimento no seqüestro e afirma já ter pistas para identificá-las.




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