Cultura & Lazer Titulo Música
Hora de sacudir a poeira e
retomar a carreira musical

Sensação dos microfones da década de 1960 e 1970, cantora Cláudya mergulha em projetos para voltar a brilhar nos palcos

Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
12/02/2013 | 07:00
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Dona de voz que nos anos 1960 e 1970 ecoou brilhantemente pelos alto-falantes do Brasil e de diversos outros países, a cantora Cláudya resolveu chacoalhar a poeira e retomar as rédeas da carreira que, apesar de ter um trabalho recente lançado - Senhor do Tempo, uma homenagem a Caetano Veloso, de 2011 -, ficou adormecida por muito tempo.

Agora, ela volta aos palcos com energia total, focada e com a cabeça transbordando projetos. Para começar, a cantora carioca anunciou que fará um espetáculo ao lado da Orquestra Sinfônica de Santo André. "A princípio eles querem fazer o Fantasma da Ópera e Não Chores por Mim Argentina, que é uma das principais canções do espetáculo Evita, que eu protagonizei nos anos 1980", conta. Sem data definida, o show deve ir ao palco em abril, para as comemorações do aniversário da cidade. "É uma boa novidade. É algo diferente. Me parece que o maestro gosta de aliar o erudito com o popular."

Além disso, ela apresenta em São Paulo o show As Mais Belas Canções de Todos os Tempos, com releituras de Pixinguinha, Chico Buarque, Taiguara e Milton Nascimento, "o filé da música brasileira". Ela sobe ao palco do Teatro Helvetia (Avenida Indianópolis, 3.145) nos dias 8, 9, 15 e 16 de março, às 21h. Os ingressos custam R$ 50 e podem ser comprados pelo telefone 99614-5507.

"Acho que o mundo está precisando de músicas bonitas, boas. Nós vamos fazer medleys dessas canções. Temos cerca de 50. São aproximadamente dez canções inteiras e vários pot-pourris. Infelizmente não podemos cantar todas as músicas inteiras, senão fica um show de dez horas. Seria bom, mas não podemos realizar", brinca. Segundo ela, o concerto pode futuramente virar CD e DVD.

Os mais velhos devem se lembrar de sua voz cantando sucessos como Esse Cara e Como Dois e Dois, ambas de Caetano Veloso. Já a nova geração deve ter ouvido recentemente com Marcelo D2 Deixa Eu Dizer, sucesso gravado por ela nos anos 1970. Algumas de suas gravações podem ser apreciadas em sua página no Facebook (Claudya.Cantora).

"Eu voltei agora através do Marcelo D2. Ele sampleou uma música que gravei nos anos 1970. Meu público se ampliou. Agora é o jovem e o que já conhecia meu trabalho, que me acompanha há alguns anos."

 

RESGATE E FUTURO

Cláudya é dona de diversas obras, muitas delas perdidas em sebos ou em coleções particulares. Ela conta que quer ver seus LPs virarem CDs e, quem sabe, embalados em uma caixa especial.

Borbulhando ideias, ela revela que tem trabalho inédito guardado e que talvez possa lançar. "Eu estava até pensando há pouco tempo em fazer um disco, colocar coisas autorais e colocar coisas de compositores mais novos como Lenine e Criolo."




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