Dias chuvosos são sinônimo de transtorno para os moradores da Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, na Vila Rica, em Santo André. Eles atribuem o problema às obras realizadas pelo Semasa (Saneamento Básico de Santo André) e pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), a água se acumula nas ruas e invade as casas.

Para os moradores, as enchentes são motivo de perdas domésticas. "Temos que tirar móveis do lugar, lavar a casa toda depois. É um horror", reclamou a jornalista Fabíola Barboza,

Comerciantes estimam prejuízo acima de R$ 40 mil em um único dia de enchente. A água invade as residências e comércios em altura superior a meio metro.

"Aqui no bufê já instalamos até comportas na entrada para impedir que a água entre e danifique os equipamentos eletrônicos. Um só brinquedo nos custou mais de R$ 20 mil e depois da enchente não funcionou mais. No fim de semana passado tínhamos festa que foi desmarcada e tivemos que devolver o dinheiro", relatou o gerente de um bufê infantil, Ailton Cardoso, 40.

Em comunicado, a Sabesp informou que as obras realizadas no local para instalação do coletor tronco Guarará não são responsáveis pelas enchentes e que os resíduos da obra são monitorados periodicamente. O trabalho de limpeza evitaria os entupimentos nas bocas de lobo.

Técnicos do Semasa visitaram o local na tarde de terça-feira e concluíram que o escoamento das águas pluviais pode estar comprometido devido ao grande acúmulo de detritos lançados na galeria, que tem tubulação com diâmetro de 1,5 metro.

A empresa informou também que fará serviço de desobstrução da rede e enviará colaboradores para ouvir a população e verificar se é possível ampliar a capacidade de escoamento da galeria.