Debutando, o Grupo Apolo de Teatro reservou hoje o Teatro Municipal de Mauá (Rua Gabriel Marques, 353. Tel.: 4555-0086) para celebrar com apresentações de dança, teatro e música os seus 15 anos de história. O evento, que começa às 19h, tem entrada franca.

Entre os artistas convidados, estão os cantores Carlinhos Brasil, Helen Cristina e Klau Evangelista, além das companhias de dança Sacro Movimento, Full Time e Karima, da dançarina Veruska Carajeleascow e do Grupo Artemis de Teatro.

"Vamos fazer um remake dos períodos que vivemos nestes anos, integrando música, dança e teatro", conta Caio Evangelista.

Formada inicialmente por jovens de 15 anos - hoje todos artistas profissionais -, a companhia nasceu após apresentação do musical 'Tangos, Charutos e Rum para Che Guevara', de Caio Evangelista, no antigo Anfiteatro Vinicius de Moraes, o único espaço disponível para teatro na cidade até então.

"Estávamos meio receosos de nos apresentar em Mauá, onde não conhecíamos nada, mas partimos pelas ideias de Brecht, de descentralização do teatro. Foi um fenômeno e na plateia estavam os jovens do Apolo, que ficaram encantados com a arte viva em sua cidade, e nos motivaram a apostar no projeto de fundar o grupo", comenta Evangelista.

O grupo começou a dar certo integrando à sua proposta montagens que casavam com a realidade de boa parte da população do município. Comédias, sempre com um quê de denúncia social, além de teatro na rua, marcam a trajetória deles, que já encenaram obras como 'O Auto da Compadecida' e 'O Despertar da Primavera'.

Um dos fenômenos foi a adaptação de 'Capitães de Areia', que arrebatou 11 prêmios de teatro e chegou a fazer quatro sessões diários no Teatro Municipal mauaense, todas com casa cheia. "Um dia os bombeiros tiveram que suspender a apresentação porque mais de 800 pessoas tinham ido ver o espetáculo."

Além do grupo, eles coordenam ONG no Jardim Zaíra, que dá aulas de teatro para a comunidade carente de opções de lazer. "Chegamos a ter 500 alunos por ano, em média. Estamos sem convênio para o ano que vem, mas não vamos parar de ensinar.

Paralelamente, ao lado de dez grupos artísticos, eles estão com o Movimento de Fortalecimento da Cultura, no qual pretendem discutir meios de produção e fomento à arte regional com foco na integração entre os sete município do Grande ABC.