Economia Titulo Mercado
Lançamento corporativo cresce 43,3%

Em 2012, foram anunciadas construções de 2.221 unidades
empresariais no Grande ABC, 43,3% maior do que em 2011

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
28/01/2013 | 07:00
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No ano passado, foram lançadas no Grande ABC 2.221 unidades corportativas. O volume é 43,3% maior do que o registrado em 2011, quando 1.549 espaços voltados à empresas foram anunciados ao mercado. O levantamento foi feito com exclusividade pela Abyara à equipe do Diário.Em 2012, os lançamentos ocorreram em Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema.

Em Santo André, a Brookfield anunciou a construção do BCP (Brookfield Century Plaza) Business na antiga Cidade Pirelli, com 434 unidades e salas comerciais que podem variar entre 33 m² (metros quadrados) a 101 m². A Fratta lançou o Gerturdes de Lima, no Centro, com 98 espaços de 39 m², e o Almirante Protógenes, no Bairro Jardim, com 112 salas de 36 m². Em São Bernardo, a M.Bigucci anunciou o Marco Zero Tower, no Jardim Três Marias, com 220 salas comerciais que variam entre 39 m² e 46 m². A Absoluta lançou o Prime Business Center, na Anchieta, que possui 96 unidades com 43 m² cada. E a Art, com 96 salas de 66,5 a 81,05 m², lançou o Silva Jardim Business Center.

Em São Caetano, a Gafisa fez o anúncio do SAO International Square, no Espaço Cerâmica, com 547 salas comerciais que vão de 46m² a 56m². A Ekopar lançou o Ufficio, com 119 espaços de 36,2 m² a 113,26 m² no Centro.

Diadema debutou no cenário de edifícios corporativos com as 161 unidades do Front Offices, no Centro, lançamento da GMK. A Tecnisa anunciou a construção do D Office, com 338 salas de 46,3 m² a 91,04 m².

Na avaliação do diretor comercial e de marketing da MZM, Helio Korehisa, o Grande ABC está correndo atrás do período no qual ficou sem lançar empreendimentos empresariais. "A região está atendendo a demanda reprimida, já que paramos no tempo. De 2007 para cá começaram a aparecer os primeiros edifícios corporativos, que estão sendo entregues agora", diz.

Segundo Korehisa, Santo André foi a cidade mais tímida da região (sem contar Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) nesse aspecto, não participando do boom ocorrido de 2008 a 2011, e agora está se atentando à necessidade desse tipo de empreendimento. A MZM, inclusive, se prepara para lançar, até o fim do semestre, duas torres comerciais no bairro Campestre, em Santo André. A contrapartida do complexo, que contará também com um pequeno shopping e quatro edifícios residenciais, será a construção de uma avenida passando por trás dele, e ligando as estações de trem Prefeito Saladino e Prefeito Celso Daniel - Santo André. "A ideia é ajudar a aliviar o trânsito, ainda mais que a Prefeitura prevê tornar mãos únicas a Avenida Dom Pedro II e a Avenida Industrial."

A M.Bigucci também tem previsto para o primeiro trimestre o lançamento do Wynn Tower, no Largo do Rudge Ramos, com 85 salas de 32m² a 100m². "Empresas e profissionais liberais querem se alocar em espaços localizados em regiões centrais, próximas de tudo, com grande infraestrutura e segurança", analisa Milton Bigucci, presidente da construtora e da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC). "E quando você lança e vende tudo, é sinal de que há muitos interessados, e que o mercado está aquecido."

O diretor regional do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de São Paulo), Sérgio Santos, afirma que a tendência é que continue havendo lançamentos corporativos por conta da mudança do perfil da região. "O Grande ABC está se tornando prestador de serviços e, com isso, há maior demanda por espaços assim."

Santos destaca também o custo como diferencial; enquanto o m² aqui varia de R$ 5 mil a R$ 8 mil, na Capital, segundo ele, não se acha por menos de R$ 10 mil e pode chegar a R$ 15 mil. "A região tem facilidade de locomoção e localização privilegiada, além de bons bairros. Em 20 minutos se chega em São Paulo e estamos próximos ao Rodoanel e às principais rodovias."

 

Grande ABC começa a concentrar edifícios em regiões específicas

 

A localização dos edifícios corporativos no Grande ABC começa a se concentrar em determinadas regiões. Segundo o diretor comercial e de marketing da MZM, Helio Korehisa, existe a tendência de lançamentos, porém em eixos empresariais que já estão sendo formados. Em Santo André, a concentração tem se dado na área que vai da Avenida Dom Pedro II à Avenida Industrial e na antiga Cidade Pirelli. Em São Bernardo, entre a Avenida Pereira Barreto e a Rua Jurubatuba. Em São Caetano, na Avenida Goiás e no Espaço Cerâmica e, em Diadema, na Antônio Piranga e na Avenida Cupecê.

Korehisa ressalta que a expansão não deverá ocorrer em Diadema. "Como os lançamentos na cidade ainda não foram totalmente comercializados, por conta do alto custo, a próxima onde deverá ocorrer em uns dois anos", diz. A MZM tinha planos de edifício corporativo, mas o trocou por residencial, por conta da fraca demanda. "Como o boom imobiliário em Diadema se deu de quatro anos para cá, os preços subiram muito. Hoje, se vende o m² pelo mesmo preço que no restante da região."




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