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São Silvestre de
cara nova em SP

Mudanças no horário, agora pela manhã, e percurso ditam
regras na tradicional prova de atletismo na Capital paulista

Thiago Bassan
Do Diário do Grande ABC
31/12/2012 | 08:05
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A cidade de São Paulo vai receber hoje a 88ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre. A tradicional prova do atletismo terá cerca de 25 mil atletas do País correndo pelas principais ruas e avenidas da Capital. E a edição 2012 está recheada de novidades.

É a primeira vez na história que a prova será realizada pela manhã. A mudança tem como motivo a equiparação com as provas internacionais, na maioria das vezes realizadas no período matutino.

A primeira categoria de atletas a se apresentar será a dos deficientes físicos (6h50), depois as mulheres (8h40) e, a partir das 9h, os homens. A largada será na Avenida Paulista, próximo à Rua Frei Caneca, e a chegada na mesma via, mas na altura do número 900, em frente à Fundação Cásper Líbero.

A tradicional avenida volta a ser o ponto final da prova, após um ano com a chegada no Obelisco do Ibirapuera. Outras mudanças no percurso foram realizadas para a edição.

A corrida promete ser uma das mais equilibradas dos últimos anos. Isso porque algumas das estrelas do esporte - como o tricampeão Marílson Gomes dos Santos e os africanos James Kipsang, Martin Lel e Robert Cheruiyot - não participarão, o que aumenta as chances dos concorrentes.

A esperança brasileira recai sobre três atletas: Giovani dos Santos, vencedor da última Volta da Pampulha, Damião Ancelmo de Souza, sétimo colocado na São Silvestre de 2011, e Paulo Roberto de Almeida, oitavo na Maratona da Olimpíada de Londres.

Apesar da expectativa, Giovani negou o favoritismo. "Acho que todos têm as mesmas condições de vencer. Na corrida é que se decide tudo. Estou bem preparado, focado na prova e espero conquistar bom resultado", disse ele, durante entrevista coletiva de alguns dos favoritos, ontem pela manhã, em São Paulo.

O novo horário - até o ano passado, a largada masculina ocorria às 17h30 - agradou Giovani. "As provas na Europa ocorrem pela manhã, estamos acostumados." Já o compatriota Damião reclamou. "Não poderei dormir depois das 22h (ontem). Terei de acordar cedo. Mas não quero pensar nisso e, sim, fazer boa prova."

Entre as mulheres, Marily dos Santos e Maria Zeferina Baldaia, campeã em 2001, são as favoritas, mas admitem que a concorrência das quenianas pode fazer a diferença. "Estou preparada e muito feliz de estar aqui, de boa, ao fim da temporada. Vou brigar de igual para igual com as brasileiras. Com as quenianas, não sei", disse Marily.

Já Maria Zeferina, com a bandeira brasileira pintada nas unhas, aposta no trabalho em equipe das brasileiras.

Africanos buscam manter hegemonia

Eles são discretos, tímidos e parecem não se sentir à vontade nas entrevistas. Mas quando o assunto é correr, os africanos que estão em São Paulo para a disputa da 88ª edição da São Silvestre mostram por que são apontados como os melhores do mundo no atletismo.

Os quenianos, representantes do país que teve cinco vitórias no masculino e seis no feminino nos últimos dez anos, aparecem entre os favoritos. No masculino, destacam-se Mark Korir e Joseph Aperumoi, enquanto que no feminino são cotadas Nancy Kirpon, Maurine Kipchumba e Rumokol Chepkanan. O etíope Belete Terefe é a estrela solitária que representa o país do último vencedor da prova, Tariku Bekele.

Assim como os atletas brasileiros, os africanos aprovaram o período da manhã para a corrida. "Neste horário a temperatura está fresca, à tarde o calor pode atrapalhar nosso desempenho", disse Mark Korir.




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