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Cidade Negra na ativa

Depois de reunião para alguns shows no último ano, grupo
viu que também havia ainda muita 'mufa' para pôr a serviço

Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
20/12/2012 | 07:30
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Já na primeira faixa de 'Hei, Afro' (Som Livre, preço médio R$ 20), Toni Garrido anuncia: "Voltei pra te dizer que a coisa tá ruim / mas acredite sim, tudo vai melhorar". O Cidade Negra está de volta. Depois de reunião para alguns shows no ano passado, mais do que chão de estrada para queimar, eles viram que também havia ainda muita ‘mufa' para pôr a serviço.

O resultado não foge à fórmula que os colocou em ascensão: as letras novas, cheias de mensagens de paz em letras que falam de conscientização, chegam embrulhadas por muito reggae.   "Esse trabalho é como se fosse o movimento seguinte das peças do nosso xadrez. Essa volta é um passo super natural, a comprovação da teoria de que, quando se faz as coisas com sinceridade, elas tendem a dar certo", diz Toni Garrido, que afirma que saiu da banda (em 2008) porque não estava mais interessante continuar do jeito que estava. "Fomos honestos."

Primeiro, eles começaram a compor canções soltas, divertidas. "Até que chegou a hora que o caldo deu uma engrossada e fomos atrás do que precisava e estava faltando". Além de falarem muito de amor, também criticam o que está errado. "É um álbum que ao mesmo tempo em que tem pungência, tem a felicidade que o reggae traz. Falamos sobre felicidade, divisão com os amigos, humanismo. A discussão maior é sobre o que é ser humano e o que podemos tirar de positivo disso", completa o vocalista.

É tanta positividade que até uma versão de 'Somewhere Over The Rainbow', com uma pitada de hula-hula, eles tiram do forno no disco. Há também hip hop em 'Don't Wait', um quê de disco music com 'Ignorius Man', samba em 'Só Pra Detonar' e rock com 'Naturaleza', além de uma versão de 'When Love Comes Knockin' (At Your Door)', do The Monkees, que virou 'Ninguém Pode Duvidar de Jah'.

Para Toni, essas experimentações todas, os flertes com gêneros, traduzem uma característica que lhe é muito clara do que representa a banda: "Engraçado que vejo muita gente cobrando da gente como se fôssemos uma banda escola. Amamos o reggae de raiz, todo nosso trabalho começa com isso, mas o Cidade Negra é aprendiz, tem alegria em correr risco e aprender. Sempre jogamos com isso."




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