Setecidades Titulo Promessa
IML de Mauá não tem
data para ser construído

Promessa de entrega era para o 1º semestre
de 2014; Estado cobra documentos da Prefeitura

Fabio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
28/07/2014 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Prometido para ser entregue até o fim do primeiro semestre deste ano, o início do funcionamento de unidade do IML (Instituto Médico-Legal) em Mauá está longe de se tornar realidade. Impasse entre a SSP (Secretaria da Segurança Pública) e a Prefeitura atrasam o andamento dos trâmites, que não têm data para finalização. A promessa de que o posto seria entregue até junho foi feita no ano passado pelo titular da SSP, Fernando Grella Vieira, em visita ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC.

A SPTC (Superintendência da Polícia Técnico-Científica) informa que fará, em conjunto com a Prefeitura de Mauá, estudo de viabilidade técnica para a implantação da unidade. Além do IML, também funcionará no local o SVO (Serviço de Verificação de Óbitos).

No entanto, a superintendência afirma que a realização das análises depende do fornecimento de informações específicas por parte do Executivo municipal. O departamento garante que as solicitações foram feitas em novembro e que, até o momento, não houve resposta. A SSP não soube detalhar quais foram os dados cobrados à Prefeitura. Respondeu apenas que são levantamentos técnicos.

A equipe do Diário entrou em contato na noite de sexta-feira com os secretários Edílson de Paula (Governo) e Rogério Santana (Serviços Urbanos), mas eles não souberam informar sobre o andamento das negociações. Santana afirmou que os titulares das Pastas de Obras (Luiz Carlos Theóphilo) e de Planejamento Urbano (José Afonso Pereira) teriam detalhes sobre o caso, mas ambos não foram localizados para comentar o assunto. O prefeito Donisete Braga (PT) também foi procurado, mas não retornou os contatos até o fechamento desta edição.

Em outubro, durante evento em São Caetano, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinou diversos convênios com prefeituras do Grande ABC. Entre eles, a parceria para construção do IML em Mauá. Segundo a Prefeitura, o tucano teria se comprometido a investir R$ 600 mil na adaptação de prédio com área de 1.740 metros quadrados, onde funcionará o serviço.

Essa não foi a primeira vez que prazo para entrega do IML na cidade não foi cumprido. Em 2011, o então titular da SSP, Antonio Ferreira Pinto, garantiu, também em reunião no Consórcio, que a unidade mauaense seria inaugurada no ano seguinte. As conversas com o Estado já se arrastam desde 2003, pelo menos.


Unidade de Sto.André atende população de 1,3 mi na região

Sem o funcionamento do IML (Instituto Médico-Legal) de Mauá, moradores da cidade dependem da unidade de Santo André para realizar procedimentos como exames necroscópicos e de corpo de delito. O posto andreense também é responsável pelo atendimento à população de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Juntas, as quatro cidades têm 1,3 milhão de habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar da extensa área de cobertura, a direção do IML afirma que a unidade de Santo André realiza média diária de apenas três exames necroscópicos e 23 procedimentos clínicos. Mesmo assim, a distância provoca desconforto para familiares no deslocamento de corpos para o IML e de lá para o cemitério. Ribeirão Pires, por exemplo, fica localizada a aproximadamente 20 quilômetros de Santo André. Em Rio Grande da Serra, o percurso chega a até 25 quilômetros. Em horários de pico, o tempo de viagem passa de uma hora. 




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