Política Titulo Guerra declarada
PSDB de Santo André segue rachado até eleição
Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
04/12/2012 | 07:00
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Um PSDB dividido até a eleição interna, com data ainda a ser definida pela executiva nacional do partido. Esse é o cenário do diretório tucano de Santo André, após o desfecho eleitoral, no qual nenhum candidato a vereador pela sigla conseguiu ingressar na legislatura 2013-2016. Inconformado pelos rumos da legenda, o parlamentar Marcelo Chehade promete ser candidato à presidência, diante do atual mandatário Ricardo Torres, ameaçado de dissolução, mas que pretende disputar reeleição.

O mais recente episódio da crise tucana em Santo André teve início na sessão da Câmara em 9 de outubro, a primeira após a eleição do primeiro turno. Chehade usou a tribuna, acusando a direção do partido de não dar suporte aos candidatos do PSDB à vereança. O tucano obteve 3.886 votos, uma adesão expressiva – foi o 15º mais votado –, mas não renovou o mandato por 202 sufrágios.

Diante disso, Chehade declarou guerra a Torres, fazendo lobby junto à executiva estadual por sua destituição, e reafirmou que disputará a presidência do tucanato andreense.

“O tucano da cidade se sentiu enganado e votará numa chapa que recoloque o partido no lugar onde mereça, dando resposta para quem destruiu PSDB. Então, tenho certeza que ganharemos com pé nas costas. Ele (Torres) está acostumado a perder”, discorreu.

Por sua vez, Torres, que aguarda decisão da executiva estadual quanto ao risco de dissolução do diretório municipal, associa a postura de Chehade a interesses de terceiros. “Posso dizer que é avaliação pessoal e (Chehade) ache o culpado que quiser. Quem está no PSDB, quer ajudar o partido.” Sob a alegação que “tucano que é tucano não apoia petista”, Torres, novamente, lembrou do vereador Paulinho Serra (PSD) – deixou a sigla em julho, após ter sua candidatura ao Paço rechaçada pelo diretório –, para enfatizar a reestruturação da agremiação em Santo André. “Quem está no PSDB não busca regalias no governo (petista). Nesse momento de reconstrução, precisaremos de tucano de verdade”, avaliou.

APOIO

Se há guerra declarada com Chehade, Torres ao menos tem o apoio de outro vereador. Segundo Marcos da Farmácia – recebeu 2.643 votos –, o presidente tucano não pode ser responsabilizado pelo fracasso das urnas na corrida pelas 21 cadeiras do Legislativo. Ele culpou as “circunstâncias” por impedir a legenda de ocupar a vice da chapa à reeleição de Aidan Ravin (PTB).

“Em hipótese nenhuma o PSDB queria ser vice de (Raimundo) Salles, que não tinha expressão. O nosso candidato (Aidan) teria mais expressão, mas sabemos que a Dinah Zekcer (PTB) disse que, se a vice não fosse dela, sairia com secretários”, justificou Marcos.

 




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