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A Copa está sendo positiva

A reportagem intitulada ‘Empresas deixam de gerar R$ 247 milhões com Copa’ apresenta a estimativa da perda de R$ 247 milhões para a economia do Grande ABC

Do Diário do Grande ABC
11/07/2014 | 08:37
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Artigo

A reportagem intitulada ‘Empresas deixam de gerar R$ 247 milhões com Copa’, publicada dia 15 neste Diário, apresenta a estimativa da perda de R$ 247 milhões para a economia do Grande ABC decorrente das horas paradas por causa da Copa. Inicialmente, é preciso considerar que a Copa do Mundo é um importante evento internacional que contribui para a maior inserção de qualquer país no contexto internacional, inclusive econômico, considerando a transformação do futebol em negócio verificada nos últimos tempos.

Nessa perspectiva, a realização da Copa deve ser relacionada com outras iniciativas governamentais nos campos comercial e/ou diplomáticos nos últimos 12 anos para que o Brasil se tornasse protagonista no cenário internacional, tais como promoção das empresas brasileiras em missões oficiais de caráter comercial no Exterior, a disputa e eleição de um brasileiro para a presidência da Organização Mundial do Comércio, o envio de tropas brasileiras para o Haiti na missão internacional de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) e a reivindicação de um assento no Conselho de Segurança Internacional da ONU.

A inserção internacional da economia brasileira na última década pode ser dimensionada pela corrente de comércio internacional (soma das exportações com as importações), que quadruplicou nesse período (comportamento semelhante observado no Grande ABC, cuja corrente de comércio internacional mais que triplicou no mesmo período).

O exercício numérico apresentado como perda de R$ 247 milhões para a economia do Grande ABC desconsiderou os ganhos nas transações econômicas intercapitalistas gerados a partir do efeito positivo da Copa para todos os setores da economia brasileira. É preciso considerar também que o desenvolvimento tecnológico advindo da Revolução Industrial aumentou a produtividade, de modo que o excedente gerado pela força de trabalho faz muito tempo (desde o século 19) que não depende exclusivamente do cálculo das horas trabalhadas. Do contrário, não haveria acumulação de capital nas economias capitalistas mais desenvolvidas.

Por fim, os países europeus têm 12 feriados por ano em média, assim como o Brasil, um pouco acima dos Estados Unidos, que têm dez. Nesses dias de Copa do Mundo ninguém reclama de atrasos nos aeroportos (pelo contrário), todos enaltecem a hospitalidade dos brasileiros, o que contribui positivamente para a nossa imagem no Exterior.

Francisco H. Vignoli é professor e consultor da FGV (Fundação Getulio Vargas) e Francisco R. Funcia é professor da USCS (Universidade Municipal de São Caetano).

Palavra do leitor

Planos de saúde
Os planos de saúde (individual e familiar) foram corrigidos com autorização do governo em 9,66%, enquanto a inflação entre maio de 2013 e abril de 2014 foi de 6,28%. Será que no Brasil existem dois índices de inflação? Cadê a autoridade do governo para agir em defesa de quase 9 milhões de consumidores portadores de planos de saúde? Será que o presidente da ANS pertence ao lobby das empresas? Que governo é este que fica calado diante de tamanha extorsão dos lobistas da saúde privada?
Francisco Emídio Carneiro
São Bernardo

Futebol
O governo petista quer intervir no futebol. Pode!? O ministro Aldo Rabelo, no lugar de defender esta ideia sem pé nem cabeça, faria muito mais pela Nação se solicitasse intervenção no governo que representa, que além de produzir só indignações, superfaturamento (inclusive nas obras da Copa), administra mal e está levando a nossa economia à bancarrota. E o Planalto deveria saber que, bem ou mal administrado, o futebol brasileiro é pentacampeão mundial, conquista essa que nem os países desenvolvidos foram capazes. E, de quebra, ainda exporta jogadores.
Paulo Panossian
São Carlos (SP)

José Roberto Arruda
Alguém do TSE ou do Congresso Nacional poderia explicar em detalhes, se possível desenhar para os leigos, o porquê da aceitação pelo TSE da candidatura de um político que esteve preso em 2010, logo não poderia ter ficha limpa, e que acaba de ser condenado (de novo) por improbidade administrativa? Como pode este candidato ter liberada sua documentação para quem sabe ser governador do Distrito Federal em 2014? Não dá para entender, muito menos para explicar aos já sacrificados brasileiros, que a Lei da Ficha Limpa foi um avanço. Afinal de contas, não me parece que estejamos diante de algo promissor para o País.
Rafael Moia Filho
Bauru (SP)

Pesadelo
Felipão disse que no sábado a equipe correrá para realizar o “sonho” do terceiro lugar na Copa. Sonhar qualquer um pode. Seja no ônibus, casa ou sofá confortável. Mas para realizar qualquer sonho é preciso agir no plano físico. Treino, determinação, condução exemplar e alguém competente para direcionar. Chega dessa conversa para boi dormir. Os vencedores deram duro para chegar onde chegaram e com certeza não ficaram parados esperando o sonho se realizar. Ralaram e muito! Sonhar não ganha título!
Beatriz Campos
Capital

Inconformismo
Tomo a liberdade de assinar embaixo a pertinente missiva da leitora Aparecida Dileide Gaziolla (Humilhação, dia 10), publicada neste prestigioso Diário, e acrescento: como tornar o inconformismo, com esta nefasta inversão de valores, num sentimento de comoção nacional?
João Paulo de Oliveira
Diadema

Mais médicos
No dia 8 de julho o Programa Mais Médicos completou um ano de implementação. E não se constatou nenhuma comemoração. Os 14,4 mil profissionais que foram contratados, inclusive no Exterior, e espalhados em 3.700 municípios e até 34 distritos indígenas, por certo estão cumprindo um papel por demais importante. Como comemoração, as entidades e segmentos ligados à Saúde Pública deveriam avaliar os resultados, superar as divergências e buscar um entendimento de forma a superar os graves problemas que ainda existem nessa área. Esta é uma questão que precisa ter envolvimento de todos os setores sociais e representantes dos profissionais de medicina comprometidos com a Saúde Pública, sem nenhuma conotação político-partidária.
Uriel Villas Boas
Santos (SP)

Copa
Afinal, perder a Copa foi um grande negócio para o Brasil, pois os cumpanheiros perderam o maior cabo eleitoral que iriam usar nas eleições de outubro. Há males que vêm para o bem.
Sebastião Oliveira
Santo André

Felipão
Quanto mais se defende, Felipão piora sua performance diante da derrota desastrosa para os alemães. Agora saca a todo momento um folhetim no qual mostra o período de treinamento e que se lê os dias e horas. Certamente cumpriram o descrito, mas, convenhamos, foi elaborado por irresponsáveis, talvez até por ele e seus assessores. Lembrome desse Murtosa sendo contratado por time da Segundona em São Paulo e dez dias depois sendo dispensado. A equipe alegou que de futebol nada entendia.
Julio Jose de Melo
Sete Lagoas (MG) 




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