Setecidades Titulo Rodoanel
Moradora culpa obra de
Trecho Leste por rachadura

Cozinha da residência foi interditada pela Defesa Civil; SPMar
nega que vibrações da obra sejam responsáveis por problema

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
20/09/2012 | 07:00
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O medo tomou conta da dona de casa Maria das Graças Ferreira de Barros, 58 anos. A casa dela, no bairro São Caetaninho, em Ribeirão Pires, tem diversas rachaduras espalhadas pelo cômodos e a cozinha foi interditada pela Defesa Civil em julho. Ela atribui o problema às detonações para construção do Túnel Santa Luzia, que começaram em dezembro. O local, a cerca de 1,2 quilômetro do imóvel, integra as obras do Trecho Leste do Rodoanel.

O drama de Maria das Graças pode ser observado por todos os lados. Há rachaduras nas paredes, teto, chão e vidros das janelas. Uma das portas da cozinha e outra do quarto estão impossibilitadas de abrir e a lavanderia já foi inutilizada. "Estou vivendo pior do que quem mora na favela. A qualquer momento isso aqui vai cair", destaca.

Apesar do perigo atestado em laudo da Defesa Civil - a viga da cozinha ameaça cair -, a moradora se recusa a abandonar sua casa por não ter para onde ir. "Vivo com R$ 432 por mês. Não tem como largar tudo", diz.

Questionada, a Prefeitura de Ribeirão Pires limitou-se a dizer que solicitou à SPMar, responsável pelas obras, que medisse vibração para averiguar os problemas. A administração não informou se oferecerá algum tipo de auxílio para que a moradora deixe sua casa.

Por outro lado, a SPMar destacou que realiza monitoramento das vibrações no local por meio de sismógrafo e garante que as vibrações oriundas da obra não são responsáveis pelo problema na casa de Maria das Graças. A empresa ressaltou que os maiores índices registrados pelo aparelho foram causados pelos ônibus que passavam pela rua e que o imóvel está localizado em terreno muito íngreme

A SPMar disse que disponibiliza equipe especializadas para atender os moradores que se manifestam através do 0800 772 3000 e que, até o momento, nenhum dos 21 imóveis visitados apresentou vibrações acima dos limites estabelecidos por normas nacionais e internacionais.

O alvará que autoriza a concessionária a dar continuidade às intervenções no município foi renovado pela Prefeitura neste mês e vale até 31 de dezembro. Conforme a administração municipal, a SPMar assinou termo de compensação ambiental e entendeu o papel da cidade no licenciamento da obra, seu controle e fiscalização no que tange o impacto local, de vizinhança e socioambiental.




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