Com expectativa, Moyses Cheid será aberto ao tráfego de
veículos depois de 36 anos de abandono da obra incompleta
Depois de 36 anos, o Viaduto Moyses Cheid, no Km 22,5 da Via Anchieta, deixará de ser conhecido como aquele que liga nada a lugar nenhum. O elevado será aberto aos veículos a partir das 9h de amanhã. O trecho dá acesso à pista Litoral/planalto e à Avenida João Café Filho. Durante vistoria ontem, o prefeito Luiz Marinho (PT) fez questão de ressaltar que chega ao fim a "ferida de 36 anos", referindo-se ao período em que a obra ficou parada.
Desde que o projeto, fruto de convênio entre Prefeitura e Dersa (Desenvolvimento Rodoviário SA), foi abandonado, na década de 1970, oito comandantes diferentes passaram por São Bernardo, em dez mandatos.
O tema chegou a ser discutido pelo prefeito Maurício Soares em 1997, e em 2004 por Wiliam Dib, que tentou buscar recursos junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para o elevado, sem sucesso.
A obra só foi retomada em julho de 2011 como parte de pacote de 19 intervenções, a custo de R$ 100 milhões.
MELHORIAS
A expectativa é que a conclusão do elevado desafogue o Viaduto Padre Fiorente Elena, no Km 23. Hoje, quem segue do Centro em direção à Avenida Capitão Casa é obrigado a atravessar a Anchieta pelo km 23, cruzando com o tráfego intenso de saída da rodovia.
A partir do dia 22, será eliminado cruzamento em nível para quem trafega pelo Viaduto Padre Fiorente Elena com destino à Avenida Capitão Casa. Para fazer o mesmo trajeto será necessário acessar a Via Anchieta sentido São Paulo e, em seguida, a alça do viaduto do km 22,5. (veja mapa ao lado)
A estimativa é concluir a segunda etapa do viaduto em duas semanas, com continuidade da ciclovia da Avenida João Café Filho, criação de retorno por baixo do viaduto no sentido bairro e eliminação do cruzamento entre a Café Filho e a Rua Comendador Alípio Pedro Roquetti.
A previsão inicial era que a inauguração do viaduto fosse feita em março, quando a entrega foi adiada para agosto. A justificativa da Prefeitura foi que o mau tempo e problemas com intervenções da AES Eletropaulo e da Comgás atrapalharam os serviços. O viaduto foi tema de impasse entre administração e AES Eletropaulo, tendo em vista a necessidade de deslocamento de três postes para a calçada. A administração havia garantido que o viaduto seria inaugurado em agosto, o que não ocorreu.
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