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Polícia recupera instrumentos musicais furtados na Capital

Músico viu saxofone e tubas levados de sua casa à venda em anúncio de site na internet

Renata Rocha
Especial para o Diário
25/06/2014 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


O comerciante Wagner Paranhos da Silva, 27 anos, foi preso na manhã de ontem, na Capital, após tentar vender instrumentos musicais furtados de residência em Santo André, no dia 4 de maio. O indiciado anunciou os itens em um site que comercializa produtos usados.

A vítima, um músico de 47 anos, tinha passado o dia 3, sábado, na casa do pai. Ao voltar para sua residência no domingo, por volta das 13h30, percebeu o furto. “Levaram o notebook, joias, uma televisão, além de três instrumentos: um saxofone e duas tubas.”

Ele avisou outros músicos, amigos da igreja em que toca e lojistas de instrumentos no Grande ABC. O saxofone Dolphin, a tuba 4/4 Weril Cruzeiro, que é rara, e a tuba 3/4 Weril Nirschl que, segundo a vítima, também é difícil de encontrar no mercado, totalizavam em torno de R$ 15 mil.

Um amigo da vítima que procurava instrumentos para comprar pela internet se deparou com um vendedor que oferecia exatamente o que foi roubado do músico. Assim, junto com policiais do 3º DP (Vila Pires), os amigos se passaram por compradores e negociaram com Silva a venda, que sairia bem abaixo do valor de mercado.

Na manhã de ontem, a vítima e um policial à paisana foram até a casa de Silva, na Rua Maximiano Brandão, no bairro Lajeado, na Capital. Silva disse que os instrumentos estavam em um bar de sua propriedade. Ao chegar ao local, o policial se identificou e deu voz de prisão ao comerciante.

Em depoimento, Silva disse que recebeu os itens como parte do pagamento de um carro que vendeu para um homem identificado como Juan. Disse também que não sabia que tinham sido furtados.

Silva foi indiciado por receptação qualificada. “Isso é chamado de mercado clandestino. Comprar de ladrão para vender, ou receber materiais roubados é crime. É importante verificar sempre a procedência do que se está adquirindo para não ajudar esse tipo de ação ilegal”, disse o delegado titular do 3º DP, Fernando Shimidt de Paulo.

Pelo número de série que fica marcado em cada instrumento e com as notas fiscais que tinha guardado, a vítima conseguiu provar que eram mesmo os itens furtados de sua residência.  




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