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Mais Médicos amplia atendimento

Em um ano, número de gestantes que passaram por consulta cresce 46,8%,mas faltam profissionais

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
25/06/2014 | 07:00
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André Henriques/DGABC


O número de atendimentos de pré-natal na rede básica de Saúde das seis cidades da região que aderiram ao Programa Mais Médicos, do governo federal, teve alta de 46,8% na comparação entre janeiro de 2013 e 2014. Foram realizados 6.857 atendimentos a grávidas nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) no primeiro mês de 2013 e 4.672 no mesmo período deste ano. O dado faz parte de balanço divulgado ontem pelo Ministério da Saúde, um ano após o lançamento do programa, que tem 147 profissionais na região. Mesmo assim, ainda faltam médicos no Grande ABC, mas o ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou não ter dados concretos sobre o deficit.

Estimativa publicada pelo Diário no ano passado apontam que faltam pelo menos 3.000 profissionais nas redes pública e particular. O levantamento foi feito com base no índice do Reino Unido, de 2,7 médicos por 1.000 habitantes, que os sete prefeitos querem adotar. Apesar de ter se aproximado do deficit da rede básica (150 profissionais), o programa federal não solucionou a questão dos especialistas, gargalo do Grande ABC. Chioro informou que o programa federal tem critérios rígidos. “Não basta pedir médicos. Avaliamos se a cidade precisa.”

NÚMEROS

O balanço aponta também que, na região, a ação proporcionou aumento de 22,9% na quantidade de consultas de demanda imediata, ou seja, atendimentos não agendados para procedimentos de urgência ou enfermagem. O número saltou de 11.847 em janeiro de 2013 para 14.856 um ano depois. Também houve crescimento de 2,5% no número de pacientes diabéticos beneficiados e 12% na quantidade de hipertensos. O programa contempla 500 mil moradores.

Para o ministro, os primeiros resultados comprovam que, quando se investe em atenção básica, há resultados significativos. O coordenador do GT (Grupo de Trabalho) Saúde do Consórcio Intermunicipal ABC e secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte, destaca que os gestores das seis cidades contempladas pelo Mais Médicos sentiram diminuição de demanda nos pronto-socorros.

Chioro anunciou ainda que a partir de julho, quatro das sete cidades terão aumento no repasse anual para procedimentos de média e alta complexidade, totalizando R$ 24 milhões em recursos.

S.Bernardo e Mauá aguardam aval para cursos de Medicina

São Bernardo e Mauá ainda aguardam o resultado da avaliação realizada pelo MEC (Ministério da Educação) para receber cursos de graduação em Medicina, no entanto, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, adiantou que a primeira cidade recebeu nota máxima da comissão julgadora e deve ser selecionada para oferecer vagas para formação de médicos.

“Vamos aguardar o parecer oficial e os passos seguintes devem ser publicados nas próximas semanas no Diário Oficial da União. Porém, conhecendo a rede de São Bernardo, tenho certeza de que será uma das cidades contempladas”, destaca Chioro. Ao todo, 42 municípios do País passaram pela primeira avaliação.

Já o prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), afirmou que já dialoga com instituições privadas interessadas em oferecer o curso de Medicina na cidade. “Nossa intenção é lincar com o programa de residência médica do Hospital Nardini”, explica.

O MEC informou que não tem novidades sobre o assunto, mas destacou que o edital para seleção das instituições de Ensino Superior interessadas em oferecer os cursos de Medicina deve ser divulgado ainda neste semestre.

FUABC

O presidente da FUABC (Fundação do ABC), mantenedora da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), em Santo André, Marco Antonio Santos Silva, voltou a destacar que a instituição de ensino privada tem planos de ampliar em 50% o número de vagas ofertadas atualmente. A partir de 2015, a meta é oferecer 165 vagas a estudantes interessados. A entidade anunciou em junho de 2013 interesse em abrir a graduação em São Bernardo, mas voltou atrás após a comunidade acadêmica não concordar com a ideia.  




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