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Zebra Do Diário do Grande ABC
Nem o mais confiante torcedor da Costa Rica apostaria antes da Copa do Mundo que os centro-americanos chegariam à última rodada do Grupo D para encarar uma eliminada Inglaterra, na condição de líder da chave e já classificados às oitavas de final após vencer Uruguai e Itália. Aliás, o cenário mais provável era totalmente oposto, tendo em vista a tradição dos concorrentes. No entanto, apresentando futebol alegre e efetivo, os costa-riquenhos projetam vencer o English Team e assegurar a ponta do grupo.
Independentemente dos momentos opostos no Mundial, o treinador da Costa Rica, Jorge Luis Pinto, afirmou que o favoritismo no duelo de hoje é do time europeu. “Historicamente no passado, presente e futuro, não há dúvida que são favoritos e não temos dúvida. Por muitas razões: têm história, camisa. Estamos na briga, na luta e queremos jogar um bom futebol, com uma equipe bem postada taticamente e tentaremos vencer”, destacou. “A mãe do futebol não pode ir adiante sem pontos e eles vão querer levar alguns pontos para casa. Sabemos que será um jogo forte. As mudanças que faço são por alguma mudança, mas não para afrouxar. Tenho certeza que seguiremos fortes”.
E o comandante da Costa Rica tem o discurso endossado pelos ingleses. De acordo com o técnico Roy Hodgson, o time da Terra da Rainha vai honrar a camisa e se despedir da Copa com a cabeça erguida. Para este último compromisso no torneio, os ingleses farão nove mudanças na escalação, já visando próximos torneios, como a Eurocopa de 2016 e até mesmo o Mundial de 2018, na Rússia. “Meu único interesse é vencer o jogo para a Inglaterra, para nossos torcedores e para o futuro”, destacou.
Técnico não teme encarar Colômbia
Jorge Luis Pinto curte a boa fase da Costa Rica na Copa do Mundo no Brasil. Com a classificação antecipada no Grupo D, o treinador vislumbra as três possibilidades de adversários nas oitavas de final, Colômbia, Japão ou Costa do Marfim, que integram o Grupo C. Por ser colombiano e ter história no futebol do país sul-americano, tendo inclusive comandado a seleção nacional, ele foi bastante questionado se gostaria de fugir de um confronto com a sua pátria, mas Pinto fez média.
“Não tenho problema se for a Colômbia, irei com tudo. Se for Costa do Marfim ou Japão, será igual. Hoje represento a Costa Rica e vou defender até o fim a camisa deste país. Estamos muito felizes”, afirmou o treinador, que conquistou diversos títulos à frente de alguns clubes colombianos, como Millonarios, Santa Fé, Deportivo Cali e Junior de Barranquilla.
Independentemente do que estiver por vir, o defensor Roy Miller destacou que os costa-riquenhos querem fazer história ainda mais bonita neste Mundial. “Acredito que o que conseguimos até então é fruto do nosso trabalho. Demonstramos isso de forma merecida. Estamos aqui para nos entregar e queremos mais. Estamos convictos de que podemos, mas vamos nos concentrar primeiro no jogo de amanhã (hoje)”, disse.
Frank Lampard fala em ‘teste de caráter’ para ingleses
Mais experiente jogador da seleção inglesa, o meia Frank Lampard, 36 anos, será titular na partida de hoje contra a Costa Rica, no Estádio do Mineirão. Em possível jogo de despedida da seleção, o jogador afirmou que, após as derrotas para Uruguai e Itália, aqueles que forem a campo terão de honrar a camisa da Inglaterra.
“É um excelente teste de caráter. Não vamos mentir, viemos com a intenção de ter resultados melhores do que tivemos. Todos falaram sobre nossas decepções, mas somos homens e temos de seguir em frente e defender a Inglaterra. Precisamos extrair as lições e melhorar”, afirmou. “É importante que cada um desempenhe bem (seu papel), temos de compartilhar nosso orgulho”, concluiu.
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