Setecidades Titulo Redução
Ribeirão é exemplo de economia

População da cidade foi a que mais reduziu consumo de água entre os municípios atendidos pela Sabesp na região e obteve desconto na conta

Vanessa de Oliveira
15/06/2014 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Entre as quatro cidades do Grande ABC atendidas pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Ribeirão Pires foi a que mais reduziu a utilização de água, no mês de maio, segundo a empresa: em total de 32.089 unidades consumidoras, 77% baixaram o gasto do recurso.

O ranking é equilibrado. O município é seguido por Rio Grande da Serra (75% de 11.670 unidades), Diadema (74% de 125.193) e São Bernardo (73% de 268.447).

Desde o dia 1º de abril, a Sabesp oferece desconto de 30% na conta para os clientes que atingiram a meta de redução de 20% proposta pela companhia. A ação veio com o propósito de estimular a economia de água, diante da pior crise hídrica vivida pelo Estado de São Paulo por conta da escassez de chuva.

A família da dona de casa Juventina Machado do Amaral, 75 anos, de Ouro Fino Paulista, foi uma das contempladas com o bônus. A conta recebida em abril foi paga no valor de R$ 33,64; a última baixou para R$ 23,54. “Não foi por R$ 10 que comecei a economizar, mas porque desperdiçar água é um pecado. O que estou usando agora é o suficiente, para que vou ficar esbanjando?”, questiona ela, ressaltando que colaborar com a economia não é difícil. “Ao invés de lavar roupa três vezes por semana, junto para lavar de uma só vez; na cozinha, passo sabão em toda a louça para fazer um único enxágue, então, a colaboração está em ações simples que dão resultado”.
 
Já o quintal, que era lavado duas vezes a cada semana, passou a ser lavado em um dia e com uma tática. “Tenho uma faxineira que me ajuda duas vezes por semana e, quando lavamos o quintal, ela vai com a vassoura e vou logo atrás com a mangueira rapidinho, para não ficar naquele ‘solta a mangueira, pega a vassoura’ e vice-versa”, conta.
 

Também de Ribeirão Pires, da Vila Mortari, a locutora e auxiliar administrativa Maria Sales dos Anjos de Paulo, 55, foi outra que poupou o bolso em maio. A conta de R$ 45 passou para R$ 25,49. O reúso ajudou a manter as torneiras fechadas por mais tempo. “Lavo o quintal com a água da máquina de lavar roupa e aproveito o sabão e a água sanitária para limpar o banheiro”, relata.

DIFICULDADE

Adaptar-se à rotina mais econômica só foi difícil na hora do banho. “Passei toda a minha vida demorando quase meia hora no chuveiro, pois era neste momento que pensava na vida e preparava, decidia e criava as minhas grandes ideias. Atualmente nem penso mais, fico 15 minutos no máximo”, comenta Maria, aos risos.
 

Mesmo se a crise de água chegar ao fim, ela afirma que continuará a contribuir com medidas de economia. É uma prática que deve ser contínua, mesmo porque a falta d’água é um problema sério, não só no Estado, mas em todo o País”.

Volume útil do Sistema Cantareira mantém queda

O volume de água armazenada no Sistema Cantareira, que abastece cerca de 55% da Região Metropolitana do Estado de São Paulo, mantém sequência de queda. O reservatório passou de 23,5% registrado na quinta-feira para 23,3% ontem. No mesmo período do ano passado, o nível de água era de 58,1%.

Quem ainda não conseguiu atingir a meta de 20% de redução do recurso, proposta pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), nem por isso deixa de contribuir com a força-tarefa pela preservação da água. É o caso da jornalista Suzana Gonçalves, 28, de São Bernardo. “Diminuí, por exemplo, a quantidade de vezes que lavo roupas – era semanal, agora quinzenal, além de outros detalhes que parecem bobos, mas que ajudam a economizar e acabam virando hábitos.”  




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