Na briga por espaço entre superproduções, apostar em um gigante como Godzilla pode ser uma boa. O desafio do diretor Gareth Edwards é resgatar a moral do icônico monstro japonês após a criticada versão de Roland Emmerich no fim dos anos 1990 e lembrar os velhos tempos do protagonista em suas populares séries orientais (quando a diversão era o foco e os efeitos visuais vergonhosos).

É justamente buscando o espírito da criatura como um herói que o novo Godzilla revela ter potencial. Entre experiências científicas e ações misteriosas, o engenheiro Joe Brody (Bryan Cranston) e seu filho Ford (Aaron Taylor-Johnson) têm suas vidas ligadas ao surgimento de seres poderosos o bastante para destruir Las Vegas e o Havaí, além de algumas regiões do Japão.

O roteiro trabalha muito em cima de questões ligadas à evolução, calcadas na ‘lei do mais forte’ e a forma como a natureza encontra uma maneira de seguir em frente. Diante de criaturas gigantescas, só cabe torcer para que uma verdadeira batalha de proporções monstruosas termine favorável à humanidade. Com claras referências aos programas televisivos do passado, o personagem coloca sua imponência à prova com direito a mordidas e ataques surpresas.

Godzilla prova que é possível reverenciar a história do protagonista com pitadas modernas. Qualquer coisa, o Rei dos Monstros está pronto para ser despertado outra vez.