Cultura & Lazer Titulo Música
Trilha sonora na praça de alimentação

Shopping centers abrem espaço para apresentações
gratuitas de artistas renomados

Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
13/04/2014 | 09:56
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Ricardo Trida/DGABC


Casas de espetáculo com bebidas a valores exorbitantes, ingressos geralmente com preços acima da média do que muita gente pode pagar e, na maioria das vezes, longe do Grande ABC. Esse é o cenário encontrado pelo público que quer assistir a um show de algum artista renomado da música brasileira.

É claro que tem de se levar em conta tudo o que envolve um evento desse, como o conforto, a acústica – arquitetada para que seja perfeita –, para citar apenas algumas coisas. O fato é que, de um tempo para cá, há uma outra opção, além dos eventos gratuitos realizados em parques pelas prefeituras, para quem quiser encarar esse tipo de atração: o shopping center.

No Grande ABC já houve algumas apresentações gratuitas nesses locais. Para ver de perto como isso funciona, a reportagem do Diário foi na quinta-feira até o Golden Square Shopping, em São Bernardo, para assistir ao cantor Zeca Baleiro.

O público, cerca de 3.000 pessoas – 1.000 a mais que no show anterior, de Pedro Mariano – se apertou na praça de alimentação do local, onde fica quase impossível comer nessas horas. Homens, mulheres, crianças e idosos estavam em clima de festa para o início da apresentação. 

Elaine Prezolin, de São Bernardo, foi com as amigas ver o cantor. A ansiedade foi presente até que o ídolo tomou conta do palco. A partir daí, seus olhos se emocionaram. “Já vi show em shopping. É uma iniciativa muito boa. Você encontra uma confraternização entre as pessoas”, diz.

Zeca Baleiro pulou, cantou, brincou, agradeceu e esbanjou simpatia enquanto entoava canções como Bandeira, Alma Nova e Calma Aí, Coração. E tudo isso com boa qualidade de som e nada de microfonias.

Idosos e crianças acompanhadas de responsável tiveram lugar especial, pertinho do palco. Ivy Ujlaki levou o marido e os dois filhos ao evento e lavou a alma, cantando as músicas do começo ao fim do show. “Aqui é confortável e seguro. Posso trazer as crianças sem problemas”, afirma. 

Liane Albuquerque trabalha na região e mora em São Paulo. Para ela, valeu a pena chegar em casa um pouco mais tarde e curtir o evento ao lado do filho Guilherme. “Em casa de espetáculo é custoso. É transporte, ingresso caro. Aqui é democrático, qualquer um pode entrar e assistir. Acho essa ideia muito interessante.”

E não foi só quem estava de folga que conseguiu se divertir. Até mesmo trabalhar ficou mais gostoso ao som de Zeca. Rosa Batochi, que trabalha em um restaurante do local, disse que até sai de casa mais animada quando sabe que tem show. “Fica mais gostoso trabalhar com a música. Dá até para espiar e dançar atrás do balcão”, brinca.




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