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Avaliação: Fiat Doblò Adventure

Avaliamos a versão topo de linha do ‘grandalhão’ da Fiat, que parte de elevados R$ 66.710

Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
17/03/2014 | 15:03
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Marina Brandão/DGABC

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Há quem classifique o Fiat Doblò Adventure como “um caixotão sobre rodas, enfeitado com apliques plásticos para agregar sabor off-road a um veículo antiquado e insosso”. Porém, existem aqueles que resumem tal definição – carregada de mau humor – em uma palavra: racionalidade.

Realmente o Doblò é desprovido de qualquer apelo emocional. Suas linhas retas e exageradas provam isso. Nem mesmo as chamativas peças plásticas acopladas às caixas de rodas, rodapé das portas, parachoques e até o suporte do estepe na porta traseira cativam. Está para nascer aquele que chame o Doblò de “bonito”.

No entanto, quando utilizamos o grandalhão da Fiat no dia a dia, nos deparamos com um veículo repleto de vantagens, que vai além de um “caixotão”. O Diário rodou com a versão topo de linha Adventure, que parte de R$ 66.710 e traz pacote com motor E.torQ 1.8 16V Flex, direção hidráulica, rodas de liga leve de 15 polegadas (pneus de uso misto), ar-condicionado, faróis de neblina e rádio CD player com MP3.

Entre os opcionais, é possível agregar volante multifuncional revestido com couro (R$ 412), bancos revestidos parcialmente em couro (R$ 2.166), Locker (bloqueio do diferencial/R$ 1.700) e rádio CD player com MP3, conectividade bluetooth e entrada USB (R$ 813). Todos estes mimos, mais alguns outros, podem sair por R$ 7.255, elevando o preço para salgados R$ 73.965.

Neste valor, porém, está embutido algo fundamental em um veículo como este: praticidade. O modelo traz portas laterais corrediças, que ajudam muito no acesso dos passageiros. Estas portas têm travas que impedem que elas, quando abertas, deslizem para cima das pessoas enquanto entram ou saem do veículo. Também ajudam a instalar o bebê-conforto.

A configuração pseudoaventureira tem banco extra no compartimento de carga (665 litros) para um sexto ocupante, podendo ser acessado apenas pela parte de trás, que tem portas simétricas e com amplitude de até 180 graus. Destaque para o fato de este assento contar com cinto de segurança de três pontas e porta-copos.

Rodando, o Fiat é agradável. A começar pela boa posição ao volante, com banco elevado, que permite ampla visualização do trânsito. Há apenas ajuste de altura da coluna de direção. Outra vantagem é a manopla do câmbio posicionada junto ao painel central. A visibilidade traseira é ruim – um sensor traseiro viria a calhar.

Mesmo pesando 1.463 quilos, o motor 1.8 16V de até 132 cv de potência (etanol) é sob medida para o Doblò. Isso graças ao torque de 18,9 mkgf entregues a medianos 4.500 giros, e o bom escalonamento da transmissão manual de cinco velocidades. Elogios para o ajuste da suspensão, que mescla rigidez e conforto.

Resumindo, o Doblò Adventure é caro, mas prático, espaçoso e entrega desempenho ideal à proposta. Mas atenção: A opção Essense, também com motor 1.8 e preço a partir de R$ 62.230, pode ser mais interessante, pois não cobra pelos fru-frus da Adventure.




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