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Cipriano vira esperança de um futuro melhor no ciclismo
17/03/2014 | 08:45
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Nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em 2011, o ciclista Flávio Cipriano chamou a atenção, mas não exatamente por seu desempenho na competição. Durante a cerimônia de abertura, ele exibiu um cartaz com um pedido: 'Thaís, casa comigo?'. No Brasil, a namorada assistia ao evento pela televisão e, apesar do susto, aceitou. O casamento foi realizado no dia 9 de dezembro de 2012.

Hoje são os resultados que apontam os holofotes para o atleta do ciclismo de pista, especializado na prova de velocidade. Mas a evolução não veio da noite para o dia. O atleta participa de um intercâmbio no Centro Mundial de Ciclismo da União Ciclística Internacional (UCI), na Suíça, há quase seis meses. "Na Europa tem toda a preparação, a forma correta de treinar. A gente precisava ter os melhores profissionais para nos orientar e passar o treinamento correto para a gente evoluir", afirma.

Ele enxerga o crescimento do grupo dentro do cenário sul-americano e destaca que o Brasil já conseguiu deixar a Argentina para trás na prova de velocidade por equipes. "A gente colocou mais de meio segundo em cima da Argentina, que era melhor. Agora ela está em desvantagem, perdeu um segundo", analisa.

Com um passo de cada vez, Flávio acredita que o País tem potencial para dar um salto de qualidade e um dia se equiparar às potências na modalidade. Com isso, prevê bons resultados da equipe brasileira e sonha com a classificação aos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Com apenas o 38.º lugar no ranking da modalidade, o País tem uma longa caminhada para conseguir a classificação olímpica.

"A gente consegue baixar uns 300 centésimos em mais seis meses e ficar perto da Venezuela. Mais um ano, chegaremos perto de um país da Europa. Até a Olimpíada, eu acredito que a gente consiga estar de igual para igual com os melhores", projeta.

O atleta deu as suas primeiras pedaladas quando tinha 13 anos, em Taubaté (SP), e participou de algumas provas de ciclismo de estrada. Com aptidão para velocidade e capaz de ter uma boa explosão no sprint, Flávio acabou direcionado para a pista. Aos poucos foi se especializando e acabou conquistando o seu espaço.

Em outubro do ano passado, o brasileiro obteve um resultado inédito ao conquistar um ouro (Keirin) e uma prata (individual de velocidade) na competição 3 Jours, em Aigle, na Suíça. Satisfeito com o seu desempenho, o ciclista mostra afinco e tranquilidade para continuar com o trabalho. "A evolução está sendo proporcional ao treinamento que a gente está tendo. Espero melhorar mais os tempos, vejo que é totalmente possível e está dentro do esperado. Estou calmo quanto a isso."

Nos Jogos Sul-Americanos, no Chile, Flávio conquistou duas medalhas de bronze, na prova de velocidade individual e por equipes (ao lado de Kacio Fonseca e Diefferson Borges).




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