O DAE (Departamento de Água e Esgoto de São Caetano) ultrapassou a meta de economia de água de 15,5% imposta pela ANA (Agência Nacional de Águas) e pelo Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e, desta forma, evitou redução do envio do recurso por parte da Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo). O município é abastecido pelo Sistema Cantareira, que opera com apenas 15,6% de sua capacidade, o menor nível da história, devido à falta de chuvas.

A cidade conseguiu economizar 18% graças às campanhas de conscientização dos moradores. Segundo o diretor do DAE, Welington Kalil, o desafio agora é manter o índice. “Para tanto, vamos intensificar a campanha com diversas atividades, especialmente na Semana da Água, do dia 22 ao dia 29”, destaca. Além de distribuição de material informativo e ações nas escolas, o DAE montará tenda no Parque Chico Mendes, onde haverá gincanas e outras atividades com foco nas crianças. “Elas multiplicam o que aprendem e fiscalizam os pais”, garante Kalil.

A Sabesp anunciou ontem a redução em 15,5% no envio de água do Cantareira às cidades que recebem por atacado, caso de São Caetano e também Guarulhos. Segundo o diretor metropolitano da autarquia estadual, Paulo Massato, a cidade da região fez a lição de casa e reduziu a média de consumo de 550 litros por segundo para 450 litros por segundo. “Desta forma, São Caetano não sofrerá mais redução no envio de água”, explica.

Já Guarulhos não conseguiu reduzir a média de 2.500 litros por segundo enviados pela Sabesp e sofrerá a diminuição de 15,5% no envio do líquido. “O governador (Geraldo Alckmin, PSDB) autorizou hoje (ontem) pedido do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Guarulhos) para que a redução fosse escalonada, portanto, diminuiremos o envio de água em um quarto por dia até domingo, quando atingiremos redução de 387 litros por segundo”, afirma Massato. A equipe do Diário não conseguiu contato com representantes do Saae para comentar a medida.
SEM CHUVA

O esforço da Sabesp tem por objetivo alcançar o patamar determinado por ANA e DAEE de reduzir o consumo de água do Sistema Cantareira de 33 mil litros por segundo para 27,9 mil litros por segundo. A meta é necessária para tentar manter o nível do reservatório que, mesmo com as chuvas deste mês, continua bem abaixo do ideal para abastecimento.

Os 8,8 milhões de habitantes da região metropolitana de São Paulo abastecidos pelo reservatório contam ainda com reforço de água dos sistemas Cantareira e Alto Tietê, autorizado por Alckmin na semana passada. “No caso do Sistema Rio Grande, que abastece o Grande ABC, não haverá alterações, já que a adutora que distribui a água não tem ligação com o Sistema Cantareira e não nos permite remanejar o líquido”, explica Massato.