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Favela da Gamboa será desocupada até o fim de junho, diz Prefeitura

Do total de 406 famílias, 276 irão para unidades habitacionais e 130 receberão bolsa aluguel

Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
14/03/2014 | 07:00
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O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Santo André, Paulo Piagentini, afirmou que a remoção total das famílias que ainda vivem na favela da Gamboa, na Vila Assunção, deve ocorrer até o dia 30 de junho. Iniciado em 2010, o processo de desocupação da área deveria ter sido concluído em 2012, mas 406 famílias, segundo a Prefeitura, permanecem no local. Destas, 276 irão para unidades habitacionais e 130 receberão bolsa aluguel.

Piagentini garante que nos próximos 15 dias serão entregues 44 casas evolutivas no Conjunto Alzira Franco 2. “Como esses imóveis permitem a construção do segundo pavimento, os beneficiados têm até 75 dias de prazo para as obras e mais cinco dias para fazer a mudança”, explica o secretário, que destaca ainda que a maioria dos futuros proprietários realiza as benfeitorias antes de se instalar na moradia.

Outras 56 famílias da comunidade serão atendidas em apartamentos que também integram o Conjunto Alzira Franco 2. A previsão de entrega, segundo Piagentini, é o dia 10 de maio. As 176 unidades do Conjunto Alemanha devem ficar prontas no dia 5 e atenderão integralmente moradores da Gamboa.

As 130 famílias restantes sairão do local e irão ganhar bolsa aluguel até que os empreendimentos que deverão ocupar fiquem prontos. As unidades dos conjuntos Prestes Maia, Procópio Ferreira e Alzira Franco já estão em obras, segundo o secretário. A previsão de entrega das duas primeiras é para dezembro. Já as moradias do Alzira Franco devem ficar prontas julho de 2015.

INTERVENÇÕES

As moradias irregulares da Gamboa foram instaladas debaixo de linhas de transmissão da AES Eletropaulo, o que impossibilita o uso do espaço, já que coloca os moradores em constante risco.

A desocupação total da área, que está em um dos pontos mais bem localizados da cidade, é necessária para dar andamento às obras no Parque Central.

O secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra (PSD), afirma que as intervenções serão da mesma proporção do Parque Celso Daniel, além da integração da área à Sabina Escola Parque do Conhecimento. A obra está orçada em cerca de R$ 3 milhões e inclui a reconstrução do muro utilizado pelo ferramenteiro Manoel Donizeti Pereira, 55 anos, preso na semana passada acusado de molestar sexualmente ao menos cinco crianças e uma adolescente no parque durante o Carnaval. A estrutura será reconstruída pela 13ª vez.




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