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Programa 'Panelinha' é premiado pela APCA
13/03/2014 | 09:00
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Com direito a música para controlar o tempo dos discursos, assim como acontece no Oscar, a Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) promoveu na noite de terça-feira, 11, no Sesc Pinheiros, a 58ª edição da entrega de prêmios para os melhores artistas do ano em 11 áreas, com sete categorias cada. Entre os campeões da festa estava a equipe do Panelinha, programa de gastronomia da Rádio Estadão, comandado pela chef Rita Lobo e Priscila Mendes, vencedor na categoria Variedades, de rádio.

"Acho que os críticos estavam com fome quando nos escolheram como melhor programa de variedades. Nosso cardápio é bem variadinho. No rádio, as pessoas podem imaginar os pratos", comemorou Rita, que apresenta a atração todos os domingos, do meio-dia às 13 horas. "Elas são umas delícias", brincou Marcelo Tas, do CQC, que comandou a cerimônia com sua mulher, a atriz Bel Kowarick.

Além de premiar os melhores do ano, a APCA fez homenagens. Com 100 anos, Tomie Ohtake recebeu um troféu - criado pelo artista Francisco Brennand - por sua contribuição às artes visuais. Aplaudida de pé, Tomie foi ao palco em uma cadeira de rodas, porém, agradeceu sem fazer discurso. Outra homenageada foi a crítica teatral Ilka Maria Zanotto, que escreveu para o Estado entre 1970 e 1996. Quem recebeu um prêmio especial na categoria teatro foi Eva Wilma que, no ano passado, esteve em cartaz com a peça Azul Resplendor. A recebeu a láurea também por ter completado 80 anos de vida e 60 de carreira.

"Queria dedicar a todos os autores, diretores, atores, e técnicos com quem trabalhei no teatro, TV e cinema. Também ao (diretor) José Renato, do Teatro de Arena, e ao mestre Antunes Filho. Acima de tudo, ao público", disse Eva, ao ser ovacionada.

Um dos primeiros e mais emocionantes agradecimentos da noite foi o de Daniela Arbex, autora de Holocausto Brasileiro, ganhador da categoria ensaio/crítica/reportagem, entre os melhores da literatura. O livro traz histórias dos 60 mil pacientes mortos no Hospital Colônia, em Barbacena (MG), um dos maiores hospícios do País. "Eram pobres, negros, homossexuais que chegavam em vagões de carga, como os judeus. O Holocausto dá voz aos sobreviventes, antes ignorados", disse a escritora, muito aplaudida.

Na sequência, a mineira Stella Maris Rezende, que escreveu As Gêmeas da Família, vencedor na categoria infantojuvenil, arrancou risos da plateia ao celebrar seu troféu. "Eu tinha inveja de quem ganhava o prêmio, mas chegou meu dia. APCA também significa ?agora posso causar admiração?", declarou.

Entre os prêmios mais aguardados estava o penúltimo, o de TV. Eleito melhor ator pelo Félix de Amor à Vida, Mateus Solano foi o primeiro a buscar o troféu. "Foi um personagem que me desafiou do primeiro ao último capítulo. E como foram 221 capítulos, foram muitos desafios. Das escolhas que tive de fazer como ator neste personagem, sinto que nunca perdi o respeito do público", afirmou ele, que protagonizou o primeiro beijo gay na dramaturgia da Globo.

No elenco da mesma novela, Elizabeth Savalla, que empatou com Bianca Comparato na categoria atriz, subiu ao palco em seguida. "É uma maravilha levar o troféu porque sou de São Paulo. Nasci no Butantã, mas não dentro (do instituto)", divertiu a plateia. "Ganhei este prêmio aos 19 anos. Agora, estou fazendo 59, sendo 40 de carreira. Por favor, não demorem tanto, pois não sei se dará tempo para o próximo."

Por sua incursão na TV em A Menina Sem Qualidades, Felipe Hirsch, eleito melhor diretor, relembrou a mudança de gestão da MTV Brasil, emissora de exibição da série. "A série só seria possível lá. É um canal que gente vai sentir muita falta."

Além de surpreender no Amor & Sexo, votado como melhor programa de variedades, Fernanda Lima inovou ao receber o troféu ao lado do diretor Ricardo Waddington. No palco, a dupla estourou rojões com corações de papel. A gaúcha agradeceu ao marido e aos filhos. "Que foram pacientes nas madrugadas em fiquei ausente escrevendo." Prestes a sair, a ela voltou ao microfone. "Faltou agradecer aos grandes mestres: Silvio Santos, Hebe Camargo, Marcelo Tas e tantos outros", terminou, ao ser interrompida pela música. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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