Artigo

A celebração do 8 de março, Dia Internacional da Mulher, traz a oportunidade de avaliarmos e debatermos os progressos e conquistas a respeito do lugar ocupado pelas mulheres na sociedade e, ainda, atentarmos para os obstáculos à sua cidadania. Vamos comemorar nossas conquistas, mantendo a consciência crítica das desigualdades que persistem e que nos motivam a seguir em frente na busca pela ampliação da cidadania das mulheres.

O Dia Internacional da Mulher, comemorado desde o início do século 20, é data que nos remete a período de lutas pela diminuição da jornada de trabalho e por melhores condições de trabalho, pelos direitos à Educação e ao voto feminino.

Em 1910, a alemã Clara Zetkin propôs que o Dia da Mulher, comemorado pelas trabalhadoras norte-americanas, se tornasse ‘jornada especial, uma comemoração anual de mulheres’. Em março de 1911, em Nova York, houve grande incêndio numa conhecida indústria têxtil, cujo patrão trancou a porta de saída, o que, num ambiente sem ventilação e com materiais inflamáveis, tornou-se fatal. Quando os bombeiros chegaram, 147 operárias já haviam morrido. Após essa tragédia, a solidariedade entre as trabalhadoras estreitou-se e suas mobilizações deram origem às primeiras leis de proteção à vida e aos direitos das trabalhadoras.

Em reconhecimento a essas lutas, o dia 8 de março foi instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1977, como Dia Internacional da Mulher, conclamando a população minimizar as desigualdades e melhorar a qualidade de vida delas, construindo sociedade igualitária.

Em Santo André, neste ano, temos um motivo a mais para comemorar: a criação da Secretaria de Políticas para Mulheres, a primeira do Grande ABC e segunda do Estado. Uma das prioridades defendidas pela administração Carlos Grana, que nos proporciona caminhos legais para a redução das desigualdades entre gêneros e da violência doméstica sofrida pelas mulheres, entre outros pontos essenciais.

A secretaria, em conjunto com todas as Pastas desta gestão, organizou dezenas de atividades culturais, educativas e sociais para comemorar. Durante todo mês, é possível participar de nossas atrações. Convidamos todos a prestigiar as iniciativas. Aproveitamos para destacar duas delas: terça-feira, haverá sessão solene na Câmara Municipal, às 19h, e, no sábado, a Parada Lilás, caminhada de conscientização e valorização do papel da mulher, com concentração na Rua Elisa Flaquer, esquina com a Álvares de Azevedo, no Centro, a partir das 10h. Participe e ajude a nossa sociedade a ter valores e direitos iguais, independentemente do gênero.

Silmara Conchão é secretária de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de Santo André.

Palavra do leitor

Acinte
A notícia, acompanhada de foto, com todos os participantes confraternizando alegremente, em destaque a presidente e Lula, o mandatário de fato, sobre a reunião da Quarta-Feira de Cinzas no Palácio da Alvorada, é acinte à democracia! Espaço público destinado a tratar de assuntos de interesse do País utilizado para reunião a fim de discutir assunto de interesse do partido do governo, a rebeldia do maior aliado? Onde está o Supremo Tribunal Eleitoral? Vai ser conivente, tomar atitude séria ou cobrar ‘multinha’?
Aparecida Dileide Gaziolla
São Caetano

Estagiário
Digo que estou indignado com o serviço social da Prefeitura de São Caetano. Fui aprovado na entrevista para trabalhar como estagiário nesse setor na administração são-caetanense faz um mês e já era para ter começado a trabalhar, mas até agora, nada! Preciso urgentemente iniciar nesse departamento!
Fernando Zucatelli
São Caetano

Social
Gostei da coluna Social do Diário (Cultura&Lazer), está mais alegre, com assuntos ‘linkados’ com os negócios. Não social isolado. Gostei! Parabéns pelo trabalho!
Janaina Pereira
Capital

Maldade
Não bastassem as décadas de abandono infringido pelos governos aos aposentados deste País, o INSS, num arroubo de maldade, considerou como primeiro dia útil para início dos pagamentos de aposentadorias e pensões o dia 5 de março. O que se via nos bancos no pós-Carnaval eram filas de idosos, que dependem dessa minguada e corroída quantia para seus medicamentos, saírem desesperados e desenganados. Mas o cúmulo da perversidade não está no INSS, e sim em nossos deputados federais, que empurram com a barriga há mais de cinco anos projetos de lei de recomposição dessas aposentadorias e pensões, esquecendo-se de que aposentados também votam e que essa omissão será lembrada por eles nas próximas eleições.
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Apressadas
Os gols nas TVs passam tão rápidos que você não consegue entender qual time fez, como começou a jogada nem ver para opinar se foi ou não pênalti, falta etc. As TVs não mostram mais entradas de times e a reação das torcidas nos gols. Estão muito apressadas. Outra coisa é que acredito que se o Brasil perder a Copa do Mundo aqui, os jogadores retornarão à Europa, pois a vida continua. Meu palpite é que os convocados deveriam ser daqui mesmo.
José Carlos Soares de Oliveira
São Bernardo

Banda Lira
Em 1918, grupo de imigrantes italianos fundou a Corporação Musical Lira de Santo André, a Banda Lira. O que sustenta esse grupo de músicos não é o dinheiro. Funciona sem fins lucrativos. Sim! Pelo amor e a crença de que por meio da música podem ajudar a mudar a vida de pessoas. Muitas vezes o próprio grupo tira dinheiro do bolso para bancar aulas gratuitas à população e manter os equipamentos. ‘Muitas pessoas que passaram pela banda ganharam sentido para a vida’, diz Robson Palomaro, que participa da banda há uns 18 anos e ministra aulas gratuitas. Ele, incentivado pelo projeto, faz faculdade de Música. Enquanto músicos saem por falta de recurso, outros chegam atraídos pela filosofia do trabalho e pela experiência do maestro. Palomaro ainda conta que na Segunda Guerra Mundial músicos chegaram a ser convocados, mas o maestro que cuidava da banda tomou a frente e não permitiu que ninguém saísse de lá. ‘O amor pela Banda é o que nos motiva.’
Luciene Eleia Aggio
Santo André