A decisão sobre a campanha salarial dos trabalhadores do segmento de informática está nas mãos da Justiça. Ontem, em audiência conciliatória no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), o Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo) não chegou a um acordo com o Seprosp (Sindicato das Empresas de Processamento de Dados e Serviços de Informática do Estado de São Paulo). O Judiciário, porém, determinou o fim da paralisação dos trabalhadores, que durou só um dia, pois teve início ontem.

“Por isso vai para julgamento”, garantiu o presidente do Sindpd, Antonio Neto. Ele explicou que o sindicato patronal chegou a oferecer reajuste salarial de 7%, sendo 8% para os pisos salariais e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) para empresas com mais de dez funcionários. A categoria, no entanto, não aceitou.

“Nós já fechamos com 76 companhias, e estamos em conversas finais com mais 70, com acordos que preveem reajuste salarial de 7,5%, sendo 8% para o piso, vale-alimentação de R$ 15 por dia e PLR em todas as firmas”, explicou Neto.

Ele calcula que o Estado tenha 7.800 empresas do setor, tendo em vista que 80% dos empregados estão em 500 de grande porte – dessas, 15 estão no Grande ABC. Na região, estima Neto, há mais 80 pequenas firmas e profissionais de TI espalhados em outros segmentos.

“Acredito que o julgamento aconteça dentro de um mês. Mas várias companhias já estão nos ligando para fechar o acordo, como fizemos com as outras 76 companhias”, disse Neto. A categoria reúne cerca de 16 mil trabalhadores no Grande ABC e 110 mil no Estado.