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Aos amigos e inimigos, a lei

O marechal Eurico Dutra foi o grande suporte da ditadura do Estado Novo e participou de um governo que comemorou a conquista de Paris pelos nazistas.

Carlos Brickmann
12/02/2014 | 07:57
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 O marechal Eurico Dutra foi o grande suporte da ditadura do Estado Novo e participou de um governo que comemorou a conquista de Paris pelos nazistas. Quando ouvia falar em democracia punha as tropas de prontidão. Com a queda da ditadura, elegeu-se presidente; e foi exemplar no cumprimento da lei. A qualquer problema, queria saber o que dizia ‘o livrinho’ – a Constituição; e o que a Constituição mandasse, fazia. Transformou-se em exemplo. Elegeu o sucessor.

Black blocs, baderneiros, vândalos? Lei neles. Adeptos do pancadão, que perturbam o sossego público? Lei neles. Casas noturnas tipo Kiss, sem condições? Lei nelas. Justiceiros, milicianos? Lei neles. Traficantes? Lei neles.

As leis existem; é só aplicá-las. Não é preciso criar uma lei antiterror para punir os assassinos que mataram o repórter ao alvejá-lo com um rojão; não é preciso ter leis novas para conter e punir vândalos que desafiam a polícia e se divertem em quebrar vitrines e destruir patrimônio alheio. Eles se dizem ideologicamente motivados; então, que expliquem isso à Justiça. Lei neles. Ou, como diz a memorável letra da música dos Titãs, “polícia para quem precisa de polícia”. A lei existe para ser aplicada. A polícia existe e, mesmo que não seja a ideal, está aí para enquadrar os transgressores da lei. A ação policial em defesa da tranquilidade pública e dentro da lei não pode ser coibida a pretexto de que pode eventualmente haver excessos. Se houver excessos, que sejam punidos. Mas o País tem de poder viver normalmente. E para isso não é preciso reinventar a roda.

 

Duplo pensar – 1

Do ex-presidente Lula, num discurso em Ribeirão Preto, atacando os tucanos: “Ninguém tem um bico daquele tamanho à toa. É bico de bicho predador, de comedor de filhotinho”. OK, ele atacou os adversários. Mas por que resolveu também falar mal daquele senhor que deveria comandar no Paraná a campanha de sua candidata Gleisi Hoffmann, e acabou preso pela acusação de pedofilia?

 

A volta de quem não foi

Da coluna Cláudio Humberto (www.diariodopoder.com.br): “Alguns ministros que saíram dos cargos há dias e dirigentes do PT têm em comum a certeza de que Lula trabalha para assumir a candidatura presidencial, em substituição a Dilma Rousseff. Sua intervenção para impor ministros, como Aloizio Mercadante (Casa Civil), e fazer seu grupo assumir o controle da comunicação do governo fazem parte da estratégia. A única dúvida é se tudo foi combinado com a presidente. Deixar a barba crescer, retomando feições originais, e bater boca com a oposição, a pretexto de ‘poupar Dilma’, são parte do plano de Lula. Lula tem ignorado o PMDB, em suas articulações nos Estados, porque sua ideia é tornar esse partido mero coadjuvante, como PR, PP, PSD… Segundo petistas influentes, Lula deve articular a própria candidatura a presidente contando com o amigo Eduardo Campos (PSB) como vice. Parece até um jogo combinado: Eduardo Campos tem dito que jamais enfrentaria Lula nas urnas. Isso o credencia e garante a vaga de vice”.

 

Duplo pensar – 2

O ex-governador e deputado tucano Eduardo Azeredo, acusado no Mensalão mineiro, disse que é “tão inocente como Lula”. Mais se vive, mais se aprende: nunca antes na história deste País uma confissão tinha sido usada para a defesa.

 

Desmancha sem bater

A informação é oficial, do corregedor nacional de Justiça, ministro Fernando Falcão: “Pasmem os senhores! No ano de 2013 o Tribunal de Justiça da Bahia consumiu 8.000 latas de leite em pó”.

Mas os mamíferos exagerados não se contentam com leite industrializado: não dispensam uma boa mamada nas tetas estatais. Citando de novo o ministro Fernando Falcão: a filha de uma desembargadora (não citou os nomes) recebe R$ 15 mil mensais no Tribunal de Justiça da Bahia, mesmo morando em São Paulo.

E ainda querem que as contas públicas fechem direito!

 

Não é só dinheiro que some

Com a prisão, na Itália, do mensaleiro Henrique Pizzolato, resta um foragido de nome a ser encontrado: o médico Roger Abdelmassih, condenado por estupro de série de pacientes. Sabe-se que Abdelmassih se casou, teve filhos; os boatos são de que está no Líbano. Talvez não: há muitos brasileiros circulando pelo Líbano, algum o reconheceria. E há ordem internacional de prisão contra ele. 




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