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Poeta

Desperte o poeta que há em você e depois reproduza essa ação com todos à sua volta

Do Diário do Grande ABC
04/02/2014 | 08:11
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Artigo

Desperte o poeta que há em você e depois reproduza essa ação com todos à sua volta. Muitos de nós passamos pela experiência de termos anotado um poema porque fomos atingidos emocionalmente por ele, ou seja, sentimos espécie de atração tão forte que nos levou à tarefa de lê-lo e copiá-lo (e, quem sabe, usá-lo numa cartinha de amor à namorada). Em outras palavras, o que há de misterioso num poema a ponto de exclamarmos, admirados: ‘Que belo!’, ‘que obra-prima!’, ‘quanta poesia existe nesse poema!’, ‘gostaria de ter escrito isso antes!’?

A resposta converge para a magia do poema em si, no qual a palavra é a chave que desvenda a essência imaterial do ato da criação. A resposta está na magia – portanto, precisamos nos constituir como mágicos para entrar nesse mundo de criatividade e encantamento, por meio do qual atingimos dimensões que nos levam a revitalizar sentimentos, a exercitar plenamente a sensibilidade, a desengessar a espontaneidade artística, a recriar realidades, a reanimar sentidos, a tecer novas significações e ressignificar outras, enfim, tudo isso nos leva a sermos.

Se somos é porque, na essência, somos também poetas, somos criadores e, na leitura do poema, nos vemos, nos recriamos, nos revelamos, numa revelação de sentimentos e idealizações, numa expressão de cognoscibilidade, ao nos expressarmos por associações imagéticas num universo de imaginabilidade cujo limite é infinitizar-se. ‘Um poema não deve significar. Mas ser’, sentencia o poeta norte-americano Archibald Macleish. Precisamos submergir o cotidiano de magia, a começar pelas nossas salas de aula. A poesia está em toda parte e pode ser retirada das coisas, como ilustra o Poema, de Oswald de Andrade:

‘Há poesia/na flor/na dor
no beija-flor/no elevador.’

A matéria-prima está onde os olhos do poeta estão. Pois o olhar do poeta é o vetor do poema. Assim, tornemo-nos mágicos, tornemo-nos poetas, leiamos poemas, façamos poemas, pois ‘qualquer hora é hora de fazer um poema’, como queria a escritora norte-americana Gertrude Stein.

Assim, deixo a minha contribuição: Poesia é dor/Poesia é emoção, arte, coração/Transcende por vezes a indigência da própria e mesquinha sobrevivência/Que parece um trem que apita anunciando: a curva já vem/O túnel, verdade, já passou/O abismo nele nos encontramos.

Poesia é o pão do poeta. Ele, sim, escreve o próprio destino/Ele que ri da própria dor/Ele que chora sorrindo/Que graceja da própria sobrevivência/Que parece um trem que apita anunciando: a curva já vem/O túnel comprido e escuro não passou/O abismo nele o poeta se encontra escrevendo a própria felicidade que ficou lá trás.

Sérgio Simka é professor universitário e escritor, autor de 30 livros.

Palavra do leitor

Bem atendida
Registro meu agradecimento pelo pronto atendimento no Hospital São Bernardo, em São Bernardo, quando fui internada com hemorragia interna, no dia 25. Equipe maravilhosa sob o comando dos doutores João Paulo, Luiz Carlos, Camilo, e também pelos enfermeiros dedicados, como os senhores Alex, Alexsandro, Ubirajara, Juliana e tantos outros. Na recepção da enfermaria, fui muitíssimo bem atendida pela Amanda (secretária) e Deborah. Parabéns à equipe administradora). Que o hospital cresça a cada dia com êxito e excelência!
Aquiê Konno Pattaro
São Bernardo

Ataques
Depois de mais de 30 ônibus incendiados nos bairros periféricos de São Paulo, somente em janeiro a Secretaria da Segurança Pública colocou reforço policial na área, tentando evitar que esse tipo de ocorrência se repita. Mesmo assim, mais três casos de incêndio em veículos aconteceram dia 30, o que resultou numa apressada declaração do prefeito Haddad, de que ‘o Estado é o responsável por garantir a segurança para que os ônibus circulem’ , já politizando o assunto e tentando obter saldo positivo desse lamentável fato para ser usado na campanha eleitoral contra o governador Alckmin. A secretaria poderia usar todo seu staff de inteligência para descobrir os mandantes e os participantes dos atos. Também a população da região, prejudicada, poderia ajudar fazendo denúncia anônima, num verdadeiro ato de cidadania. Já Haddad poderia colaborar não jogando ‘mais gasolina’ no assunto, apenas para obter ganhos políticos. Os paulistanos, como um todo, agradecem, antecipadamente.
Marithza Ruiz
Mauá

Resposta
Em resposta à carta da leitora Thelma Ribeiro (Falta de água, dia 31), o Semasa informa que devido às altas temperaturas, o elevado consumo de água e a ausência de chuvas, o nível dos mananciais dos sistemas de abastecimento que atendem Santo André está comprometido. O volume de água produzido, principalmente no período diurno, não está sendo suficiente para atender o município, gerando a falta d’água. Santo André tem 22 centros de reservação (caixas-d’água), o que é suficiente para abastecimento local. Porém, para que esses níveis se mantenham satisfatórios é preciso que a água chegue em volume suficiente para atender à cidade. Assim, o Semasa reitera a necessidade de economia de água e pede o apoio da população. Além disso, a autarquia reitera também que para saber mais sobre a falta de água na casa da leitora, o Semasa necessita do endereço ou número da conta da usuária.
Semasa

Desenhando
Em campanha para combate da hepatite, dia 31, no Sindicato dos Comerciários, em São Paulo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse (queixou-se) não saber o que a oposição tem contra a divulgação, no pronunciamento do dia 29 em rede nacional, da vacinação contra o HPV, que só será iniciada em março, alegando, candidamente, que era preciso fazê-lo (o pronunciamento) porque as aulas já começaram. Era mesmo, doutor? Vamos desenhar: a sua justificativa seria plausível se a vacinação fosse simultânea ao começo das aulas e se o senhor houvesse se limitado a esse assunto, mas aproveitou para discorrer sobre o programa ‘mais cubanos’, digo Mais Médicos, usufruindo da máquina estatal para promover a sua candidatura ao governo de São Paulo. Entendeu?!
Aparecida Dileide Gaziolla
São Caetano

Dengue
Este Diário publicou aumento expressivo dos casos de dengue na região (Setecidades, dia 22). No caso de Santo André, até que é natural, porque a cidade está um verdadeiro matagal. Basta passar pelas vielas e comprovar. É paraíso para os vetores da anomalia, ou seja, os mosquitos. Outro fator que também colabora muito são os buracos nas ruas, que se tornam criadouros naturais para os parasitas quando a água das chuvas os enche, e como não são tapados, apesar dos nossos apelos, as ‘mamães’ Aedes agradecem. E temos prefeito que não está nem aí para essa situação e faz vista grossa para o problema. Depois de tudo que aconteceu em 2013, até já me acostumei com esse tipo de conduta do senhor Carlos Grana. Preparem os leitos e as filas no SUS.
Carlos Alberto Oliveira
Santo André
 




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