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Terceirizados da Vivo se reúnem em protesto por aumento da carga horária

Funcionários da Icomom protestam contra o fato de terem só um fim de semana livre

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
17/12/2013 | 07:00
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 A manhã de hoje promete ser movimentada para os funcionários da empresa Icomom Telecomunicações. O grupo se reúne na Praça Francisco Peruchi, às 8h, na Rua Lituânia, Novo Oratório, em Santo André, para discutir o aumento da carga horária que vem sendo anunciado pela empresa, terceirizada da Telefônica Vivo na região.

De acordo com funcionários que entraram em contato com o Diário, a companhia quer que os 1.200 colaboradores (atuantes no Grande ABC e no Alto Tietê) passem a trabalhar em escala seis por um (seis dias trabalhados para um de folga).

“Hoje, trabalhamos cinco por dois, ou seja, temos no mês dois fins de semana completos sábado e domingo) com a família. E, se isso de fato acontecer, só teremos um completo. Além disso, iremos trabalhar mais para ganhar a mesma coisa”, afirma um dos trabalhadores, que preferiu não se identificar.

O diretor regional do Sintetel (Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicação do Estado de São Paulo), Mauro Cava de Britto, afirmou que a entidade dará todo o suporte aos funcionários. “É nosso dever ouvir esses trabalhadores e sempre tentar um acordo amigável entre as partes. Essa reunião de amanhã (hoje) é mais um ato de conscientização, afinal, a Icomom presta serviços à Vivo há mais de dez anos.”

O  Diário procurou a Icomom entre o fim da tarde e o fechamento desta edição, mas não conseguiu contato com nenhum porta-voz.

Ainda segundo trabalhadores, caso isso se concretize, a carga horária extra que recebem atualmente será menor. Hoje, os trabalhadores recebem, no mínimo, 56 horas extras no mês. Se a escala passar para seis por um, o volume do extra cairá para 52 horas, aproximadamente. “Além de trabalhar mais, ganharemos menos. Isso não existe”, assinala outro colaborador que pediu sigilo quanto à sua identidade. “Queremos trabalhar numa boa, como sempre. Nosso objetivo é apenas ter condições melhores, e não piores. Esperamos que, com este ato, a empresa possa nos ouvir e voltar atrás”, diz.




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