Dr. Octaviano Armando Gaiarsa, que dá nome ao espaço, foi um dos principais doadores
O Museu Municipal de Santo André Dr. Octaviano Armando Gaiarsa não tem este nome à toa. Parte do acervo de 70 mil itens, entre livros, fotos, peças e documentos, foi doada pelo médico e historiador, que nasceu no dia 10 de julho de 1911, estudou no então Grupo Escolar entre 1917 e 1921 e, desde 2005, ocasião de sua morte, dá nome ao prédio, que passa por manutenção desde quinta-feira. O objetivo é garantir a segurança e acessibilidade das mais de 2.000 pessoas que visitam mensalmente o espaço.
Um dos cinco filhos do médico, o administrador de empresas Angelo Gaiarsa Neto, 74 anos, lembra com carinho da ocasião em que a Câmara aprovou, por unanimidade, a Lei número 8764, de 18 de outubro de 2005, que homenageia o doutor Octaviano. O projeto foi de autoria da então vereadora Dinah Zekcer. “Minha família conseguiu reunir, na ocasião em que o museu foi nomeado, os então quatro prefeitos vivos de Santo André: Clóvis Sidney Thon, Newton da Costa Brandão, Lincoln Grilo e o chefe do Executivo da época, João Avamileno.”
Angelo acredita que a principal razão da homenagem a seu pai, que também foi vereador de Santo André entre 1949 e 1952, escritor e jornalista, é o interesse que ele possuía pela história da cidade onde nasceu e viveu. “Ele doou muitas fotos e livros que tinha ao museu ainda em vida.”
Os itens, e outros 1.750 que foram doados ao longo deste ano por moradores da cidade, integram o acervo, conforme explica a gerente do museu, Fátima Leal. “Além dos visitantes, muitos deles estudiosos que utilizam nosso banco de dados, realizamos 2.233 atendimentos diretos a crianças e adolescentes por meio da Ação Educativa e Cultural”, destaca Fátima.
Foram realizados ainda, em 2013, 15 palestras, quatro oficinas, cinco apresentações musicais, uma contação de histórias, 602 atendimentos na biblioteca especializada, 1.368 imagens cedidas a historiadores e 1.292 pessoas atendidas com visitas mediadas. Além disso, foram montadas três exposições fora do espaço do museu, uma na sala especial aberta à sociedade civil, duas exposições de longa duração e duas em parceria com a iniciativa privada.
HISTÓRICO
O prédio, que completa seu centenário no ano que vem, foi inaugurado em 1914 como o primeiro Grupo Escolar do Grande ABC. Foi construído em forma de ‘U’, interligado por um alpendre, com pátio interno e salas de aula. Foi tombado em 1992 pelo conselho do patrimônio municipal e, em 2002, pelo órgão estadual.
A escola foi transferida para outra edificação em 1978 e, em agosto de 1990, o museu passou a ocupar o prédio. A estátua de Minerva, em bronze e produzida na Itália, ocupa o jardim frontal desde a década de 1990. Foi doada pelo farmacêutico José Brancaglione e representa a glorificação da indústria e do trabalho. “Com todo o seu acervo e importância histórica, o museu tem se dedicado ao objetivo de promover a difusão do relevante patrimônio cultural andreense e também regional”, garante a gerente do espaço.
Durante o período de manutenção, o museu permanecerá aberto ao público, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h30 e, aos sábados, das 9h às 14h30. Toda primeira quarta-feira do mês, funciona até as 21h. O endereço é Rua Senador Flaquer, 470, Centro. A entrada é gratuita.
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