Setecidades Titulo Saúde
Mauá planeja ter 15%
de médicos cubanos

Meta do município é chegar a 28 profissionais
estrangeiros contratados pelo governo federal

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
17/12/2013 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


O efetivo de médicos cubanos contratados pelo governo federal deve chegar a 15% do total de profissionais que atuam na rede municipal de Mauá. Na manhã de ontem, o prefeito Donisete Braga (PT) apresentou mais nove estrangeiros que irão atender na estratégia de Saúde da Família. Outro clínico deverá chegar à cidade nos próximos dias. O início dos atendimentos está previsto para a semana que vem.

O município passa a contar com 16 pessoas trazidas pelo programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde. Na primeira fase, no fim de outubro, foram enviados a Mauá seis cubanos. A secretária municipal de Saúde, Lumena Furtado, informa que irá solicitar à União outros 12 profissionais na próxima etapa, prevista para o início do ano que vem. Caso o governo federal aprove a demanda, a cidade passará a ter 28 clínicos estrangeiros. Com isso, o número de médicos formados fora do Brasil chegará a quase 15% do total de atendentes, contando os 168 concursados.

Na avaliação da secretária, não seria possível preencher todas as vagas na área de Medicina se não fosse por meio da mão de obra vinda do Exterior. “Não existem médicos no Brasil suficientes para o número de postos de trabalho que temos.” Mesmo com o reforço dos dez médicos apresentados nesta semana, a titular da Pasta informa que o deficit na cidade ainda é de 22 profissionais, sendo 12 na área de Saúde da Família e dez na de atenção básica. Apesar da dificuldade, Lumena afirma que a Prefeitura não deixou de realizar processos seletivos para contratação de médicos brasileiros.

Antes de os cubanos iniciarem os trabalhos, a equipe passará por reconhecimento dos locais onde irá atuar e orientações sobre a política de Saúde no Brasil. Formado há 20 anos, Eliecer Torres Garcia, 44 anos, acredita que terá menos dificuldades para se adaptar. Ele já trabalhou na região Norte do País entre 2002 e 2005. Por esse motivo, foi convidado pelo governo local a participar do programa brasileiro. Garcia avalia que o idioma não será empecilho para o serviço. “A melhor língua é a amizade e o carinho que podemos oferecer e que a população vai dar para a gente.”

Para a médica Tania Ofelia Castro Garcia,46, a principal influência cubana será a preocupação com trabalhos preventivos. “Em Cuba, temos a atenção primária. Fazemos prevenção de muitas enfermidades, o que diminui as mortalidades infantil e materna.”

A médica cubana Leidys Yeline Pineiro Amigo também foi apresentada na manhã de ontem à Prefeitura de Santo André. O Grande ABC passa a contar com 47 profissionais estrangeiros ou brasileiros formados no Exterior, sendo nove em Santo André, 17 em São Bernardo, um em Diadema, 16 em Mauá, três em Ribeirão Pires e um em Rio Grande da Serra. 




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