A greve na unidade de Santo André da fábrica de cabos Prysmian já se estende por 15 dias. Hoje, às 7h30, haverá assembleia na porta da fábrica para informar os trabalhadores sobre a falta de avanços. Ainda não há data para o julgamento da paralisação e das reivindicações dos cerca de 250 trabalhadores. E, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, a companhia informou que não tem interesse em negociação extrajudicial.

A greve começou por causa da falta de acordo para o pagamento do abono salarial referente a 2013. Os funcionários pedem R$ 2.000, mas a empresa nega. Por isso, o caso parou na Justiça. Um processo está nas mãos do TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo), que julgará o benefício e a paralisação – e o resultado está previsto para sair nesta semana. Sindicato e empresa já se sentaram para tentar conciliação, sem sucesso.

“Entrei em contato com a Prysmian (para tentar conversa fora do Judiciário), mas me informaram que vão aguardar o julgamento”, disse o diretor executivo do sindicato José Roberto Vicaria, mais conhecido como Jacaré.

Procurada, a empresa informou que não vai se posicionar sobre os 15 dias de greve.

Na avaliação do presidente do sindicato, Cícero Firmino da Silva, o Martinha, a postura da companhia de cabos de alta-tensão é ímpar. “Tenho conversado com muitas empresas na região. Todas elas deixam bem claro que não querem um dia sequer de greve. Mas a sensação que temos é que eles não estão muito preocupados”, opinou. Ele explicou que impasses com a firma são comuns, mas não tão duradouros como o atual.