Setecidades Titulo Jardim Haydeé
Ação do Samu gera polêmica em Mauá

Moradores dizem que resgate demorou a chegar; pedestre morreu na calçada

Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
31/07/2012 | 07:00
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Moradores do Jardim Haydeé, localizado em Mauá, ficaram revoltados depois que assistiram o guarda-civil aposentado Antônio Vitor Martins, 64 anos, morrer na calçada da Rua Santo André na manhã de ontem. Segundo vizinhos e comerciantes, o resgate demorou, no mínimo, meia hora. Martins sofreu parada cardíaca. Duas pessoas solicitaram resgate por telefone.

Como de costume, a vítima caminhava em direção a um bar, por volta de 9h, quando se sentiu mal e caiu. Amparado por pedestres e conhecidos, reclamava de falta de ar e tinha respiração ofegante. A dona de casa Marlene Gimenez da Silva, 48, contou que seguia até a farmácia do bairro quando viu o vizinho caído em frente ao estabelecimento. Na tentativa de ajudar, efetuou ligações, para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e Corpo de Bombeiros. O resgate chegou após 30 minutos de espera, segundo a dona de casa. "Fizemos massagem cardíaca e até cogitamos levá-lo até a Santa Casa de carro, mas não conseguimos', lamenta.

A Prefeitura de Mauá negou ter havido falha do atendimento. Na versão da administração municipal, o Samu teria recebido a ligação às 9h21 e a ambulância chegou ao local às 9h38. Em seguida, outro veículo, equipado com UTI, foi direcionado ao endereço. Médicos tentaram reanimar a vítima com massagens cardíacas, mas o aposentado já havia falecido.

A moradora do Jardim Haydeé negou que o chamado tenha sido realizado às 9h21. Segundo ela, um dos atendentes teria informado que a falta de ambulâncias na cidade, somado ao alto número de trotes, prejudica a qualidade do serviço. "Me disseram que há apenas três ambulâncias na cidade", revela Marlene.

A funcionária do bar Luciana de Souza, 35, rebateu a justificativa da demora. "Ligaram umas seis vezes para o Samu. Até os carros pararam para tentar ajudar enquanto esperávamos", disse. O corpo foi removido quatro horas depois.

A Secretaria de Saúde destacou que conta com sete ambulâncias, sendo que duas possuem UTI e outras duas de suporte básico ficam em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. (Colaborou Natália Fernandjes)




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