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De olho na economia. Vamos crescer?
Do Diário do Grande ABC
09/11/2013 | 07:07
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O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos indicadores mais acompanhados pelos economistas, pelo governo e pelo mercado de forma geral. De maneira simplificada, ele reflete o desempenho da atividade econômica em determinado período. Mas, no que consiste o PIB?

O PIB consiste na soma de todos os bens e serviços finais produzidos na economia de um país em um determinado período de tempo. Ou seja, podemos somar a produção realizada pelos setores agropecuário, industrial e de serviços, em determinado período, e compará-la com períodos anteriores.

Para evitarmos a dupla contagem nos cálculos, não levamos em consideração a produção de bens intermediários, somente os finais. Pois nos bens finais já estão incorporados os bens intermediários.

Outro fator que levamos em consideração é a diferença entre o PIB real e o PIB nominal. Quando consideramos os preços praticados no mercado e calculamos, a esses preços, a quantidade de bens e serviços finais produzidos em determinado período, obtemos o resultado do PIB nominal.

É este o valor normalmente divulgado pelas autoridades e pela imprensa de uma forma geral.

No entanto, deve-se levar em consideração também o resultado do PIB real. Para desse valor descontamos as variações de preços, ou seja, a inflação do período considerado. Assim, obtemos o crescimento real da economia. Ou ainda, quanto se produziu a preços correntes (indicados por uma data base, sem considerar possíveis variações). Dessa forma, obtemos a quantidade real produzida sem levar em consideração as variações de preços.

O resultado do PIB possibilita acompanharmos quanto o país cresceu ou encolheu no período considerado. Um resultado positivo significa que o país produziu mais, prestou mais serviços, aumentou o número de postos de trabalho e contratações, e ainda, em última instância, gerou melhorias no nível de renda da população.

O crescimento econômico é considerado objetivo básico de toda política econômica realizada pelo governo. As autoridades econômicas possuem instrumentos para propiciar tal objetivo. No entanto, existem fatores que, muitas vezes, impossibilitam o crescimento desejado, nem podem ser controlados pelas autoridades. Como exemplo, uma crise externa, como a que vem assolando alguns países europeus.

As crises externas afetam nossa economia, pois também dependemos de nossas exportações para uma maior produção de bens. Ou seja, para um maior crescimento econômico.

Em 2012, o PIB brasileiro cresceu apenas 0,9% em relação ao ano anterior. Um baixo crescimento ao compararmos com outros países em desenvolvimento, como Rússia, Índia e China.

No fim do ano passado, o governo apontou uma previsão de crescimento do PIB, para 2013, de algo próximo a 3,5%. De acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), até o momento a taxa acumulada em quatro trimestres, ou seja, do terceiro trimestre de 2012 ao segundo trimestre de 2013, é de 1,9% de crescimento. Já no acumulado deste ano, nos dois primeiros trimestres, segundo dados do Banco Central, o PIB teve crescimento de 2,6%.

Face às políticas monetárias adotadas nos últimos meses para controlar a inflação, será que conseguiremos atingir as previsões de crescimento realizadas no fim de 2012 para este ano?
 




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