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Mola hidatiforme

Desenvolve-se a partir de células trofoblásticas, e nada mais é...

Leo Khan
Do Diário do Grande ABC
05/09/2013 | 07:00
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Desenvolve-se a partir de células trofoblásticas, e nada mais é do que a parede externa do embrião humano que forma posteriormente a camada superficial da placenta. Ocorre depois de um aborto espontâneo ou de uma gravidez completa, mas na maioria dos casos acontece a partir de um óvulo fecundado, que se desenvolve como um tumor anómalo independente (gravidez molar).

A mola hidatiforme ocorre em aproximadamente um em cada 1.500 gestações nos Estados Unidos, sendo mais frequente na Asia, acometendo aproximadamente um em cada 600 abortos. 

Está dividida em mola hidatiforme completa (75% dos casos), parcial ou incompleta (25% dos casos) e o risco de aparecerem molas hidatiformes são maiores nas mulheres que ficam grávidas entre 35 e os 45 anos.

Acredita-se que a mola completa se origina da fecundação de um óvulo que perdeu seu núcleo ou seus cromossomos por um espermatozoide, ou em casos menos comuns, por dois espermatozoides.  No primeiro caso o espermatozoide duplica seu próprio DNA e a gravidez não possui embrião.

Já a mola parcial na maioria dos casos origina-se da fertilização de um óvulo normal por dois espermatozoides ou mais.  Possui feto, mas este quase sempre tem diversas anomalias incompatíveis com a vida.

SINAIS E SINTOMAS:

- Os sintomas são sangramentos que aumentam a cada ocorrência de hemorragia, com corrimento amarelado entre as hemorragias e útero excessivamente grande e mole.  Os valores do Beta-HCG são demasiadamente altos para a semana gestacional e não existem batimentos cardíacos, tambem são frequentes náuseas e vomitos intensos.

- Para o diagnóstico o médico deverá solicitar uma ecografia para comprovar que se trata de uma mola hidatiforme e não de um feto ou de um saco amniótico, podendo serem realizadas análises ao sangue para medir a concentração de gonadotropina coriónica humana, que deverá ter um valor é muito elevado no caso de uma MH. Esta análise é menos útil no princípio da gravidez, porque os valores desse hormonio também são elevados. 

- Durante o processo de degenerescência da mola são expulsas pequenas quantidades de material semelhante a grainhas de uva pela vagina, podendo examinar este material ao microscópio para confirmar o diagnóstico.

SAIBA MAIS:

- Uma mola hidatiforme é uma massa tumoral formada por tecido da placenta ou das membranas.

- Mais de 80% das MH são benignas.

- É útil realizar a ultrassonografia com sete semanas para detectar os batimentos cardíacos, local da implantação e aspecto geral. 

- Sintomas como sangramentos que não cessam; útero excessivamente grande para a idade gestacional e mole, valores do Beta Hcg excessivamente altos para a semana de gravidez devem ser observados.

- Em caso de aborto deve haver um acompanhamento dos valores do Beta-Hcg até que se negativem.

- Alguns especialistas em reprodução também recomendam a realização da histeroscopia diagnóstica após aborto.

- Mulher a quem se extraiu uma mola não devem engravidar durante um ano.

- O índice de cura é virtualmente de 100 % nas mulheres em que a doença está menos avançada e de 85 % naquelas em que se expandiu amplamente.

- A maioria das mulheres curadas da mola hidatiforme conserva a capacidade reprodutora.

* Se você tem dúvidas sobre saúde, envie um e-mail para leo.kahn@uol.com.br ou visite o blog www.topblog.com.br/endocrino. 




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