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Governo estadual privatiza Estrada Velha de Santos

Grupo de trabalho será formado em dez dias a fim de elaborar edital de concessão

Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
20/08/2013 | 07:00
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A Estrada Velha de Santos (Rodovia Caminho do Mar SP-148), fechada desde 2011 após quedas de barreira ocasionadas pelas chuvas de verão, irá reabrir nas mãos da iniciativa privada. O governo do Estado publicou na semana passada decreto que institui grupo de trabalho com o objetivo de elaborar o edital de licitação da concessão de uso remunerada da via. Conforme a publicação, o objetivo é criar condições para que a estrada seja autossustentável. A proposta inicial é que não haja cobrança de pedágio.

Integrarão o grupo de trabalho representantes da Casa Civil, secretarias de Meio Ambiente, Energia, Logística e Transportes, Turismo e Cultura, além do Instituto Florestal ou Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo, DER (Departamento de Estradas de Rodagem) ou Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), a Agência de Desenvolvimento Metropolitano da Baixada Santista, Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A.) e, mediante convite, as prefeituras de São Bernardo e Cubatão. O prazo para indicação dos representantes é de dez dias, e para conclusão do edital, dois meses.

A estrada estava nas mãos da Emae até o ano passado, quando passou para o governo estadual. A empresa não teria recursos suficientes para recuperar a via e reabri-la ao público, tampouco para impedir que pessoas entrassem no local irregularmente. Hoje, apenas um vigia é mantido na guarita, somente alguns dias da semana.

Além de estar localizada dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, a estrada tem importância histórica, já que ali fica a Calçada do Lorena, inaugurada em 1792 e por onde passou o Imperador Dom Pedro II. Além disso, há monumentos dos anos 1920 ao longo da via, como a Casa de Pedra, construída em 1922 pelo presidente Washington Luís para celebrar o Centenário da Independência do Brasil, e tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).

Outros monumentos são o Belvedere Circular, o Padrão de Lorena (no cruzamento entre a Calçada do Lorena e a Estrada Velha), o Rancho da Maioridade, as Ruínas, o Monumento do Pico, o Cruzeiro Quinhentista e o Pontilhão Raiz da Serra. 




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