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Ponto inicial

Os olhos de Reinaldo Martins captam o interior do complexo rodoviário...

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
31/07/2013 | 07:00
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“Na Rua Manoel Coelho existiam duas lojas famosas: o bazar Ao Carioca (que existe até hoje na Rua Santa Catarina) e a Casa Weigand. Ambas deram lugar ao atual terminal rodoviário.”

Antonio de Andrade, sociólogo e professor

* * *
Os olhos de Reinaldo Martins captam o interior do complexo rodoviário de São Caetano em 1983. Daqui, historicamente, saem os ônibus municipais e intermunicipais. Daqui saíram charretes, carroças e troles. Daqui saiu o trenzinho dos Pujol em direção ao bairro Santa Maria nos tempos do São Vicente, curandeiro – década de 1920.

Linhas de transportes em consonância, inicialmente, com os raros horários dos trens. Há 30 anos já não havia as cancelas – ou porteiras. A interligação Centro novo/Bairro Fundação passava a ser feita pela passagem subterrânea, verdadeira galeria comercial – outra tradição mantida: as galerias comerciais do Centro da cidade. O Terminal Nicolau Delic ganharia o status de interestadual.

A seleção das fotos é de Anderson Silva, do Tratamento de Imagens do Diário, em cima do trabalho histórico feito pelo repórter-fotográfico Reinaldo Martins.

Papa Francisco e a Memória

Texto: Alexandre Takara, professor

Pensava em você enquanto ouvia o papa Francisco dissertar sobre São Joaquim e Sant’Ana, avós do garoto Jesus Cristo. Eles transmitiam os ensinamentos e a riquíssima tradição judaica e ele os absorvia enquanto seu pai, São José, trabalhava na carpintaria e o menino ajudava. Aprendeu, inclusive, a revoltar-se contra os que traiam as tradições, como os vendilhões do templo. O Santo Padre valorizou a figura dos avós e conclamou a que os jovens os respeitassem, porquanto depositários da memória e da história do seu povo.

Lembrava-me de você, Ademir, porque essa prática pedagógica de valorizar os velhos e as tradições você sempre defendeu na sua página diária, palestras e livros. Sempre defendeu a tese de colocar os netos em contato diuturno com os avós.

Lembro-me das nossas palestras às professoras nas Delegacias de Ensino na década de 1980, se não antes, e o resultado foi ótimo porque elas passaram a valorizar e a incentivar seus alunos a relatar a história individual, a história da família e a pesquisar a história do bairro e a história da cidade.

Devemos-lhe muito, Ademir, a prática de preservação e de reconstrução da memória e da história do Grande ABC.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Domingo, 31 de julho de 1983 – Ano 26, nº 5276

MANCHETE – Prefeituras da região lucram com overnight – aplicações financeiras em curto prazo

EMPREENDEDORISMO – Acisa inicia dia 3 fórum de debates sob o tema Administração Municipal.

EM 31 DE JULHO DE...

1953 – São Bernardo realiza os festejos do Dia do Atleta e organiza desfile cívico-militar na Rua Marechal Deodoro. Também institui a Comissão do IV Centenário, alusiva à fundação da Vila de Santo André da Borda do Campo, em 1553.

SANTOS DO DIA

- Fábio

- Demócrito

- Inácio de Loyola (fundador da Companhia de Jesus)

MUNICÍPIO BRASILEIRO

Aniversaria: Anápolis (GO).

* Ademir Medici é jornalista e autor de livros sobre a memória do Grande ABC.

FALECIMENTOS

FRANCISCO GONÇALVES PUERTA

(Lençóis Paulista, SP, 1-11-1934 – Santo André 24-7-2013)

“Morreu do modo que ele nunca quis que outros morressem, só”.

Chico Louco

A família Puerta mudou para Santo André em 1948 e estabeleceu-se no bairro Casa Branca. Francisco começou a trabalhar na empresa de ladrilhos do Sr. Guimarães e logo depois ingressou na Firestone, onde ficou até 1958.

E veio a política. Francisco, um apaixonado pelas causas em que acreditava. Participou da campanha que levou ao impeachment do prefeito Oswaldo Gimenez. Mas destacou-se mesmo quando, em 1964, por conta de uma votação na Assembleia Legislativa, ameaçou atear fogo no próprio corpo. Nascia ali um apelido que o acompanharia para sempre: Chico Louco.

Ganhou notoriedade na política municipal. Enfrentou boas brigas. Tornou-se ‘garoto propaganda’ do Sr. Jacinto Figueira Junior, o Homem do Sapato Branco da TV, uma espécie de Ratinho dos anos 1960 e 1970.

Chico Louco discutia, discordava. E não tinha qualquer dificuldade em mudar de opinião, se para isso fosse convencido. Tido como assistente social. Internava desvalidos, alcoólatras, dependentes químicos. Chegava ao extremo de ficar nu para convencer entidades a cuidarem do próximo.

Chico Louco poderia se aliar à corrente geral – e se dar melhor na vida, mas optou em ficar ao lado dos desamparados. Chegou a ser usado por isso. Seria um ícone da política social, se bem aproveitado.

Francisco Gonçalves Puerta era filho de Augustin Gonçalves Lopes e Francisca Puerta. Tinha dois irmãos, Augustin e Pedro. Deixa um filho, João Augusto. E orgulhava-se do número do seu RG: 1.512. Partiu aos 78 anos. Está sepultado no Cemitério do Curuçá. A missa de sétimo dia será celebrada domingo, às 10h, na Paróquia Santa Luzia, no bairro Príncipe de Gales.

Texto: Maibi Mara, neta

SANTO ANDRÉ

Amabila Bovo, 94. Natural de Itapeva (SP). Dia 28. Cemitério Cristo Redentor, Vila Pires.

Guilherme Meira, 92. Natural de Santa Adélia (SP). Dia 29. Crematório de Vila Alpina.

Pedro Ferreira de Souza, 90. Natural de Itiuba (BA). Cemitério Cristo Redentor, Vila Pires.

Maria Milanez da Silva, 87. Natural de Valinhos (SP). Dia 28. Cemitério da Saudade, Vila Assunção.

Francisca Tirana Gomes, 85. Natural de Santa Adélia (SP). Dia 27. Cemitério Curuçá.

Antonio Miguel Santana, 84. Natural de Barbalha (CE). Dia 27. Cemitério Cristo Redentor, Vila Pires.

Antonio Tarossi, 83. Natural de Corumbataí (SP). Dia 28. Cemitério Cristo Redentor, Vila Pires.

Maria Augusta da Cunha, 82. Natural de Vitória de santo Antão (PE). Dia 29. Cemitério Curuçá.

Ana Clara Torres de Queiroz, 78. Natural de Piata (BA). Dia 26. Memorial Jardim Santo André.

José Odair Virginio, 75. Natural de Barretos (SP). Dia 28. Cemitério Curuçá.

Roberto Gallinucci, 74. Natural de Santo André. Dia 28. Cemitério da Saudade, Vila Assunção.

Kazuo Hayashida, 73. Natural de Campinas (SP). Dia 28. Cemitério de Campinas.

Maria José de Lima, 70. Natural de Caruaru (PE). Dia 26. Cemitério Curuçá.

Rosilda Hortolan Ferraioli, 70. Natural de Piracicaba (SP). Dia 27. Cemitério de Piracicaba.

Carlos Alberto Campolin Margarido, 58. Natural de Itapeva (SP). Ontem. Parque Jaraguá, Capital.

Lilia Mara Aguera de Sales, 33. Natural de Santo André. Ontem. Cemitério Curuçá.

SÃO BERNARDO

Genoveva Schiacinatto Jaconetti, 96. Natural de Rebouças (SP). Dia 29, em Santo André. Jardim da Colina.

Waldemar Franchin, 79. Natural de Tupã (SP). Dia 29, em Santo André. Jardim da Colina.

Eliana Zechini Piccolo, 43. Natural de São Paulo (SP). Ontem, em Santo André. Cemitério de Vila Euclides.

SÃO CAETANO

Thomaz Dalt, 85. Natural de Santo André. Dia 28, em Santo André. Cemitério São Caetano, Vila Paula.

DIADEMA

José de Bessa e Silva, 83. Natural de Salinas (MG). Dia 27, em Santo André. Cemitério Municipal.

MAUÁ

Alberto Tonelotti, 92. Natural de Amparo (SP). Dia 29, em Santo André. Cemitério de Vila Vitória.

Maria Domenica Rico, 80. Natural da Itália. Dia 27, em Santo André. Vale dos Pinheirais.

Eliana Maria dos Santos, 54. Natural de São Paulo (SP). Dia 29, em Santo André. Cemitério Santa Lídia.

RIBEIRÃO PIRES

Messias Afonso de Carvalho, 85. Natural de Antenor Navarro (PB). Dia 26, em Santo André. Cemitério São José.

Anselmo Formigari, 78. Natural de Itapira (SP). Dia 29, em Santo André. Cemitério São José.

Serviços Funerários: Santo André – 4433-3544; São Bernardo – 4330-4527; Diadema – 4056-1045; Mauá – 4514-7399; Ribeirão Pires – 4828-1436; Rio Grande da Serra – 4820-4353.

Para anunciar um falecimento, ligue para 4435-8000. 




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