Claúdio Conz Titulo
Curso para pessoas com deficiência
Do Diário do Grande ABC
27/06/2013 | 07:27
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Ultimamente, como presidente de sindicato e de associação de classe no setor de material de construção, tenho recebido diversas demandas de associados e parceiros, no que diz respeito ao cumprimento da chamada Lei de Cotas. Sua empresa já se adequou?

Hoje, as companhias com 100 ou mais empregados são obrigadas a preencher de 2% a 5% de seus cargos com pessoas com deficiência, dependendo do número de funcionários. É muito importante que as empresas cumpram com seu papel social e evitem multas. No entanto, alguns empresários que conversam comigo afirmam que encontram dificuldade para encontrar mão de obra qualificada, à altura de suas necessidades, para o preenchimento dessas vagas obrigatórias. O que fazer neste caso?

Desde 2011, estamos trabalhando nesse sentido, para incluir as pessoas no mercado e ajudar os empresários a cumprir a Lei de Cotas. Ainda no ano passado, firmamos acordo tripartite entre o Sincomaco (Sindicato do Comércio Atacadista de Material de Construção), entidade que também presido, além da Anamaco, e o Sindicato dos Comerciários de São Paulo e o Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Superintendência do Trabalho e Emprego de São Paulo, para facilitar o cumprimento da Lei de Cotas para a inclusão de Pessoas com Deficiência no mercado de trabalho.

Outras ações também estão sendo desenvolvidas para colaborar com a capacitação dessas pessoas e sua consequente inclusão. Agora, estamos disponibilizando na nossa Loja Escola da Anamaco, uma loja modelo para o treinamento do setor, curso de vendedor de material de construção em parceria com a Avape (Associação Para a Valorização de Pessoas Com Deficiência). Essa entidade já capacitou mais de 700 mil pessoas em todo o Brasil. O lançamento do curso está sendo hoje, na sede da Loja Escola, em São Paulo.

Para os empresários do setor, esta é oportunidade para se formar banco de talentos e ter um profissional de acordo com o perfil que o comércio necessita. Afinal de contas, a lata de tinta e o saco de cimento, sem a mão de obra, não são nada.

Por outro lado, encontrar, resgatar e dar acessibilidade a esses profissionais é fundamental. O programa de qualificação, além de bom para as empresas, também é importante do ponto de vista do trabalhador que está aprendendo, da sua inclusão no mercado e de sua qualificação.

Se você é do segmento de material de construção como eu, procure se informar mais sobre este benefício, sendo empresário ou PCD que quer se qualificar. Se você não é do meu setor, pense em como articular o seu segmento para desenvolver ações como essa. Enfim, seus clientes também podem ser pessoas com deficiência, ou podem tê-las na família.

Precisamos ajudar a difundir a cultura da inclusão em nosso meio social, independentemente da lei. No CDES, estamos comemorando dez anos e esse tema sem dúvida vem tendo especial atenção dos conselheiros.
 




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