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Recurso do PAC
para Paranapiacaba
sai em até 15 dias

Expectativa do prefeito Carlos Grana (PT) é iniciar obras de restauro na vila ainda neste ano

Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
06/06/2013 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), garante que a determinação da Vara Federal da cidade, divulgada na edição de ontem pelo Diário, não muda os planos para a restauração da Vila de Paranapiacaba com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Cidades Históricas.

Segundo o chefe do Executivo, a Justiça ainda não comunicou a Prefeitura sobre a necessidade de apresentação do histórico de obras da vila, bem como da candidatura a patrimônio da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Conforme Grana, a presidente Dilma Rousseff deve anunciar nos próximos 15 dias a destinação da verba para as obras, que incluem o restauro de sete imóveis representativos do modo de vida e cultura ingleses (campo de futebol, galpão das oficinas, galpão do almoxarifado, garagem das locomotivas, Antigo Cine Lyra, imóvel incendiado no hospital velho e fachada da atual biblioteca), além de todos os imóveis em madeira de padrão tipológico da Parte Baixa de Paranapiacaba (cerca de 200 casas), drenagem e calçamento das vias. “No total, solicitamos R$ 50 milhões, mas ainda não sabemos quanto será disponibilizado”, explicou o prefeito.

Quanto à candidatura de Paranapiacaba a Patrimônio da Humanidade pela Unesco, a Prefeitura estuda iniciar os encaminhamentos para elaboração do dossiê após o início das obras do PAC Cidades Históricas.

RESPONSABILIDADES

Para o conselheiro do Comdephaapasa (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André) e vice-presidente do Instituto do Patrimônio do Grande ABC, Adalberto Dias, a determinação judicial é importante porque divide as responsabilidades em relação à vila. “A Prefeitura apresentou o projeto, mas não são só os bens imóveis que precisam ser recuperados. A parte ferroviária está esquecida e também integra o tombamento.”

Dias acredita que seria necessário que todos os responsabilizados no processo judicial, ou seja, governo federal, Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Prefeitura, MRS Logística e ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), se unissem para fazer o projeto de recuperação integral de Paranapiacaba. “Sem isso, é um jogo de empurra. Claro que a Justiça ajuda nomeando as responsabilidades de cada um, mas precisa haver vontade por parte do poder público para que essa restauração se torne realidade”, opinou o conselheiro. 




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