O adolescente de 17 anos que confessou ter queimado e matado a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza em abril, em São Bernardo, foi condenado a internação por tempo indeterminado na Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente).

A medida socioeducativa será reavaliada quando ele completar 21 anos. "Acho um absurdo um crime como esse deixá-lo preso três anos só", disse o pai da vítima, Viriato Gomes de Souza.

Outros três integrantes da quadrilha acusada de atacar consultórios na região estão detidos e responderão por latrocínio – roubo seguido de morte –, formação de quadrilha ou bando, sequestro-relâmpago - uma vez que a vítima foi mantida refém -, e por roubo qualificado de uma paciente que estava no consultório.

O crime

A dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, foi queimada viva durante um assalto dentro do seu consultório, na Rua Copacabana, no bairro Jardim Hollywood, na região central de São Bernardo. A vítima atendia uma paciente quando um dos criminosos tocou a campainha e alegou precisar de um atendimento odontológico. Após abrir o portão, ela foi rendida e mais dois suspeitos entraram no local.

Depois de roubarem a bolsa, o celular e o dinheiro, um dos criminosos pegou o cartão da dentista e foi até um caixa eletrônico de um posto de gasolina, onde conseguiu sacar R$ 30. Revoltados com o valor conseguido, o grupo jogou álcool na vítima para ameaçá-la e depois colocaram fogo em seu corpo.

Após menos de 100 horas do crime que causou comoção nacional, a polícia prendeu os quatros suspeitos de participar da ação. Victor Miguel Souza Silva, 24, Jonathas Cassiano Araújo, 21, e o adolescente, de 17 anos, foram detidos no dia 27 de abril. Já Thiago de Jesus Pereira, 25, foi preso no dia 29 de abril, após ser localizado na casa de parentes, em Itapevi, na Grande São Paulo.